O “Quarto de guerra”, como foi batizado pela própria empresa, é uma pequena sala na sua sede, em Menlo Park (Califórnia, Estados Unidos), na qual trabalham diariamente entre 20 e 30 pessoas responsáveis por coordenar milhares de trabalhadores em todo o mundo.
As eleições brasileiras foram o primeiro grande teste a esta unidade.
Durante a campanha, os especialistas em segurança para o Brasil, que trabalham no Facebook, transferiram-se para essa sala, juntamente com os funcionários habituais, para os ajudar a desenvolver e pôr em prática uma estratégia ajustada às características do país.
“Detetámos uma história que foi posta a circular há poucos dias nos comícios em que se dizia que por causa da violência a campanha eleitoral iria ser suspensa até ao dia seguinte”, explicou o chefe de cibersegurança da empresa, Nathaniel Gleicher.
“Detetámos a informação, que era falsa, e eliminámo-la antes que se tornasse viral e chegasse a centenas de milhares de internautas”, referiu.
Gleicher também contou que no próprio dia de eleições presidenciais brasileiras, na primeira volta, antes do fecho dos colégios eleitorais, detetaram “um aumento de discursos de ódio” contra uma região concreta do país.
A empresa de Menlo Park, que hoje abriu as portas da sala de controlo a um reduzido grupo de jornalistas, indicou que se prepara novamente para exercer esse controlo na segunda volta dos comícios para a segunda volta das eleições no Brasil, de dia 28 de outubro.
Nesse dia, Jair Bolsonaro, candidato de extrema-direita (PSL), enfrentará Fernando Haddad, do PT (esquerda), na corrida à presidência do Brasil.
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