A macabra descoberta aconteceu na passada segunda-feira quando Daiana Oliveira se deslocou ao cemitério com a avó de 91 anos para ver o jazigo onde se encontram sepultados o seu avô e um tio.
“Quando lá chegámos, o coveiro disse que tinham andado a estragar campas e uma delas tinha sido a nossa”, contou Daiana Oliveira.
Após alguma insistência, conseguiram que o coveiro abrisse a campa para verificar o seu conteúdo e o que viu deixou-a surpreendida: “Não havia nada lá dentro. Só vi bocados da parte de cima do caixão do meu tio. O caixão onde estava o corpo do meu avô embalsamado tinha desaparecido por completo. Nem caixões, nem os cadáveres”, afirmou.
Daiana Oliveira diz que a avó se tem sentido “muito mal” com esta situação e a família quer saber o que aconteceu aos corpos.
“Onde é que se encontram os caixões? Onde é que se encontram as ossadas do meu tio e o corpo do meu avô?”, questiona.
Os familiares queixam-se ainda de não terem sido avisados pela Junta de Freguesia, que é a gestora do espaço.
“Eles deviam ter comunicado às famílias que estavam a ser vandalizadas as campas e nunca comunicaram nada”, disse Daiana.
Contactado pela Lusa, o presidente da Junta de Santo André, Amílcar Raimundo, disse que têm acontecido algumas coisas estranhas no cemitério, adiantando que a GNR está a investigar o caso.
“Há cerca de dois meses começou a aparecer por lá terra um bocado de forma suspeita. Eu até penso que é para amedrontar as pessoas”, disse o autarca, afirmando desconhecer mais casos idênticos.
Amílcar Raimundo referiu ainda que a Junta vai mandar instalar umas câmaras de videovigilância no cemitério e os portões do espaço vão passar a fechar de forma automática.
Fonte da GNR confirmou à Lusa que receberam uma queixa pelo desaparecimento de dois corpos num jazigo, tendo sido elaborado um auto de notícia e os factos comunicados ao Ministério Público.
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