A decisão saiu de uma reunião hoje realizada em Lisboa de representantes e delegados nacionais da FPT, na qual foram aprovadas as 23 propostas mas também o envio de uma carta ao primeiro-ministro e partidos com representação parlamentar e uma moção que concede o poder à direção da FPT para marcar iniciativas de protesto, como uma vigília junto do Ministério da Administração Interna ou paralisações simultâneas em todo o país de duração limitada.
Carlos Ramos, presidente da FPT, disse à Lusa no final do encontro que nada ficou marcado quanto a essas iniciativas e que a Federação vai agora pedir uma audiência ao primeiro-ministro.
Na reunião de hoje os participantes, explicou, debateram a questão que consideram fundamental que é a não aplicação em pleno da lei que regula o setor, o que é uma “afronta à Assembleia da República” já que “não há comprometimento ou empenho da parte do Governo para que a lei seja cumprida”.
“Ao contrário do que muito acusam o setor do táxi, de que está em negação, quisemos também afirmar o contrário, mostrar que queremos modernizar o setor, e aprovámos 23 propostas para prestar um melhor serviço”, disse Carlos Ramos.
Do documento de 23 propostas constam algumas como a criação de um manual de conduta e um código de ética, a regulamentação do acesso e prestação de serviços nos aeroportos e terminais portuários, pagamento eletrónico nos táxis, impedir a circulação de táxis com mais de 10 anos, faturação certificada, combate aos clandestinos e concorrência ilegal e desleal e clarificação e enquadramento da atividade dos chamados “tuk tuk”.
“São propostas que estamos preparados para discutir com o Governo”, disse o responsável da Federação, salientando que é preciso incutir na classe a importância da forma como, por exemplo, o taxista se apresenta ao cliente. “Não é possível ir conduzir um táxi de fato de treino e sapatilhas”, frisou.
Nas palavras do presidente da FPT é preciso também, e isso foi discutido na reunião de hoje, que acabem “os empresários sem escrúpulos que não se preocupam nem com a qualidade da viatura nem com os condutores”.
Segundo o responsável, o setor do táxi está a mudar, os profissionais estão mais preocupados e querem mais qualidade no serviço de táxi, e as propostas da FPT podem tornar melhor o setor.
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