"Quero destacar hoje aqui dois homens que se baterem para que este dia não caísse no esquecimento e hoje estivéssemos aqui a celebrar o dia feriado. Refiro-me ao José Ribeiro e Castro e a António Costa, que a partir do parlamento, da Câmara Municipal ou do Governo, recusaram apagar a memória da independência. Muito obrigado", sublinhou Fernando Medina, falando nas cerimónias do Dia da Restauração, na capital portuguesa.
Depois, o autarca sublinhou que patriotismo "não é uma ideia de direita ou de esquerda", e não deve ser confundido com nacionalismo: "Patriotismo é uma aspiração de futuro coletivo", disse, enaltecendo a "democracia consolidada e aberta ao mundo" que é hoje Portugal.
Antes, o coordenador-geral do Movimento 1.º de Dezembro de 1640, José Ribeiro e Castro, antigo presidente do CDS-PP, valorizou a reposição do feriado do 1.º de Dezembro.
Falando perante vários convidados e algumas dezenas de curiosos, Ribeiro e Castro abordou em tom ligeiro o dia chuvoso na capital - "Restauração molhada é Restauração abençoada", disse - e agradeceu a "pontualidade" do primeiro-ministro no cumprir da promessa de reposição do feriado.
Também a "promulgação expedita" de Marcelo Rebelo de Sousa de tal reposição foi destacada pelo coordenador do Movimento 1.º de Dezembro.
Na plateia estavam presentes, por exemplo, a líder do CDS-PP, Assunção Cristas, o vice-presidente da Assembleia da República José Manuel Pureza, o secretário de Estado da Defesa, Marcos Perestrello e o Duque de Bragança, Duarte Pio.
O chefe do Governo, António Costa, e o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, participaram e discursaram hoje na comemoração oficial do Dia da Restauração, em Lisboa, a primeira desde que o feriado do 1.º de Dezembro foi reposto.
A cerimónia foi promovida e organizada pela Sociedade Histórica da Independência de Portugal, o Movimento 1.º Dezembro de 1640 e a Câmara de Lisboa.
A última intervenção da cerimónia coube ao Presidente da República, antecedido pelos discursos do primeiro-ministro, do presidente da Câmara de Lisboa, do coordenador-geral do Movimento 1.º de Dezembro de 1640, e do presidente da Sociedade Histórica da Independência de Portugal, José Alarcão Troni.
A cerimónia central das comemorações do 1.º Dezembro terminou com a deposição de coroas de flores de homenagem aos heróis da Restauração.
O 1.º Dezembro foi um dos quatro feriados suprimidos a partir de 2013 pelo Governo PSD/CDS-PP, entretanto repostos este ano pelo Governo socialista de António Costa.
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