Numa nota no seu ‘site, a Fertagus – que explora a linha ferroviária com passagem pela Ponte 25 de Abril, mediante o pagamento de uma taxa de utilização à IP — indicou que as previsões de perturbações na circulação de comboios se aplicam das 00:00 às 24:00 de cada um dos dias da greve (02 e 04 de janeiro).
“Foram decretados serviços mínimos pelo CES — Conselho Económico e Social para o dia 02 de janeiro na ordem dos 25% e para o dia 04 de janeiro na ordem dos 30%”, acrescentou.
A empresa disponibilizou na sua página na Internet os condicionamentos previstos em ambos os sentidos.
A transportadora serve atualmente 14 estações, numa extensão com cerca de 54 quilómetros, e o seu serviço é responsável por perto de 85 mil deslocações diárias.
Trabalhadores de operação, comando, controlo, informação, gestão de circulação e conservação ferroviária estarão em greve na IP durante os dois dias.
Em declarações à Lusa, o presidente da Aprofer — Associação Sindical dos Profissionais do Comando e Controlo Ferroviário, Adriano Filipe, explicou que a paralisação – a continuar no dia 10 de janeiro caso não se iniciem negociações – está relacionada com as condições de trabalho e os vencimentos da profissão, descrita como exigente e complexa.
“Os motivos desta greve são os mesmos” da paralisação que tinha sido convocada para setembro de 2022, lembrou, indicando que a IP se tinha comprometido, nessa altura, a negociar um acordo, mas que isso não aconteceu, apesar de terem remetido um documento ao grupo.
Contactada pela Lusa, a IP alertou que, no seguimento do aviso prévio de greve apresentado pela Aprofer, poderão “registar-se perturbações na circulação ferroviária”.
A greve conta com serviços mínimos, no entanto, nos termos definidos pelo Tribunal Arbitral, a IP “garantirá a abertura de 25% do seu canal ferroviário para o serviço Urbanos — Lisboa e Porto e de 30% para as circulações de Longo Curso e Regionais no dia 02 de janeiro”.
“No dia 04 de janeiro será assegurada a abertura de 30% do canal ferroviário para o serviço Urbanos — Lisboa e Porto e de 25% para as circulações de Longo Curso e Regionais”, adiantou a Infraestruturas de Portugal.
Comentários