De acordo com o balanço feito pela organização, o festival, que terminou no domingo, foi “memorável” e “terminou de coração cheio”, com a apresentação de 48 concertos programados nos oito palcos, distribuídos por vários pontos da aldeia, num total de 202 artistas.
Paralelamente, o Auditório recebeu três espetáculos de artes performativas, duas sessões de cinema, uma instalação artística e uma mesa redonda.
No Armazém, decorreram 11 sessões de música para bebés e 12 oficinas.
Acresce ainda a este balanço uma exposição, oito concertos inesperados e um pedido de casamento, afirma a organização, sublinhando que se tratou da edição do festival com maior número de visitantes de sempre.
No que respeita a alterações, este ano foram dados a conhecer “recantos da aldeia que, para muitos, ainda permaneciam desconhecidos”.
Foi o caso do novo palco Zeca Afonso, por onde passaram músicos e bandas como PAUS, Zeca Medeiros, Mirror People e Slow J, Linda Martini, The Lemon Lovers e Peltzer.
Alguns dos outros palcos já conhecidos apresentaram-se com novos formatos e nomes, como é o caso do Tarde ao Sol, no adro da Igreja de S. Sebastião, que deu lugar ao palco Amália, passando a receber concertos também à noite.
Por esse palco passaram artistas como Norberto Lobo, Miguel Calhaz, João Afonso, Ela Vaz e Fado Violado.
O Auditório de Cem Soldos também mudou de nome e passou a chamar-se Auditório Agostinho da Silva, não só durante o festival - onde recebeu programação ligada às artes performativas, pela Materiais Diversos, e cinema, via Curtas em Flagrante, ou atividades dedicadas a crianças -, mas durante o ano inteiro.
Fora dos palcos, os concertos inesperados surpreenderam os visitantes com Salvador Sobral, Selma Uamusse, Tomara, António Bastos, Miguel Calhaz, Zeca Medeiros, Moonshiners e Lena d'Água e Primeira Dama a ocupar as varandas e escadarias das casas.
Este foi também um festival mais sustentável, que, além de continuar as medidas ecológicas desenvolvidas nas edições anteriores, introduziu novas mudanças que contribuíram para a diminuição da sua pegada ambiental.
Além da reutilização de materiais, da diminuição dos resíduos produzidos e dos sistemas de recolha e tratamento mais eficazes, o Bons Sons reforçou os sanitários secos e introduziu urinóis-fardo de palha em toda a zona do campismo que pouparam água e valorizam o ciclo natural.
Outra medida de “sucesso” nesta edição foi o conceito ‘cashless’, ou seja, o pagamento feito com recurso à pulseira do festival, carregada previamente, “evitando contas de cabeça e dinheiro perdido nos bolsos”.
A pensar nos vários tipos de público, o festival ofereceu, não só um cartaz com diferentes estilos musicais, mas também ações para crianças e para as famílias e atividades paralelas.
As pessoas com mobilidade reduzida foram também uma preocupação dos organizadores, pelo que os palcos foram dotados de plataformas elevadas individuais ou de zonas de visibilidade privilegiada que permitiram, aos visitantes em cadeira de rodas, assistirem aos concertos entre a multidão, de forma segura.
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