A acusação da marca italiana (o antigo grupo Fiat-Chrysler uniu-se à PSA no novo conglomerado Stellantis) ocorre depois do mesmo ter sido feito a Renault, Volkswagen, Peugeot e Citroen.
Fontes judiciais adiantaram à Efe que a Fiat é acusada de enganar sobre as características dos seus produtos, com consequências para a saúde, obstrução ao trabalho dos serviços antifraude.
A empresa ficou sob controlo judicial e vai ter de apresentar uma fiança de 150 mil euros e depositar uma garantia bancária de 200.000 euros.
A Stellantis, que declarou estar disposta a cooperar “plenamente” com a justiça resolver depressa este assunto, mostrou-se “firmemente convencida” de que os sistemas de controlo de emissões cumpriam “todas as exigências” regulamentares existentes no período coberto pela investigação, entre setembro de 2014 e 15 de março de 2017.
Em comunicado, o grupo automobilístico assinalou que a acusação formal da marca italiana vai permitir-lhe aceder ao processo e “defender-se de umas alegações que ainda não foram avaliadas no quadro de um procedimento contraditório”.
A justiça francesa abriu uma investigação em 2017 no contexto do designado escândalo ‘dieselgate’, começado dois anos nos EUA.
Então, as autoridades norte-americanas que controlam as emissões poluentes descobriram eu a Volkswagen tinha instalado programas informáticos para encobrir a poluição dos seus veículos com motores diesel em condições reais de condução.
Estes dispositivos detetavam o protocolo de provas e, então, os motores passavam a funcionar com um ritmo que permitia limitar as emissões de partículas e respeitar as normas sobre poluição em vigor.
Contudo, em condições normais de circulação, as emissões disparavam e superavam em muito os limites definidos nos testes de certificação.
No caso de o caso chegar a julgamento, os fabricantes corem o risco, se forem considerados culpados, de pagarem multas multimilionárias e enfrentar as pretensões de indemnizações de centenas de milhares de proprietários dos modelos sob suspeita.
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