"Em vez de prepararem o ano letivo, os professores estão preocupados em como vão organizar a sua vida", afirmou à Lusa o secretário-geral da FNE, João Dias da Silva, numa referência aos docentes que ficaram colocados em escolas longe da sua residência habitual e da sua família.
Vinte mil professores ficaram hoje colocados no ano letivo 2018-2019, anunciou o Ministério da Educação no dia em foram publicadas as listas de docentes.
Para a tutela, a publicação das listas de colocação de professores ocorreu "dentro do calendário previsto, a duas semanas do início das aulas", permitindo assegurar "a normalidade no arranque do ano letivo".
O secretário-geral da FNE considera, no entanto, o prazo "uma falta de respeito" para com os docentes colocados, uma vez que as listas são divulgadas a dois dias úteis de os professores se apresentarem nas escolas.
Para João Dias da Silva, teria sido mais justo que as listas de colocação tivessem sido divulgadas em finais de julho para dar tempo aos professores para organizarem a sua vida pessoal.
Segundo o dirigente da FNE, todos os anos há "incerteza das escolas", ao não saberem se vão ter todos os docentes de que necessitam, e "angústia dos professores", ao desconhecerem em que escolas vão ficar colocados.
O problema seria resolvido, de acordo com João Dias da Silva, se as escolas fossem dotadas de um quadro de "professores imprescindíveis" para preencher "necessidades permanentes".
O recurso às listas de colocação só deveria, disse, ser usado pelas escolas para suprimir necessidades pontuais, em caso por exemplo de doença ou reforma de um professor.
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