“Está nas mãos do Governo evitar que, logo nos primeiros dias, haja perturbações nas escolas, porque não deixará de haver perturbações se os professores não sentirem que há respostas concretas de uma vez por todas”, avisou hoje, no Porto, o secretário-geral da Federação Nacional de Educação (FNE), durante uma conferência de imprensa sobre a avaliação do ano letivo 2017/2918, e que levou “um chumbo” daquele sindicato.
João Dias da Silva garantiu que é a reunião marcada para o próximo dia 07 de setembro com o Ministério da Educação, e cujo objetivo é discutir questões relacionadas com o prazo e o modo de recuperação de todo o tempo de serviço dos docentes, que vai definir “a forma como vai decorrer o início do ano letivo”.
“Depende do Governo a verificação da necessidade de aprofunda e endurecer a luta. Se logo no início do ano letivo, na reunião de 7 de setembro o Governo não der passos claros no sentido do respeito pelos direitos dos docentes portugueses”.
No dia 17 de setembro, em convergência com outras organizações sindicais, a FNE vai distribuir uma carta à população e vai realizar plenários sindicais para todos os professores, de todas as escolas.
“O dia 17 de setembro é escolhido, porque é o primeiro dia em que todas as escolas deste país deveriam estar a começar normalmente o ano letivo”, explicou o secretário-geral da FNE, recordando que apenas interromperam no dia 13 de julho a luta, mas que a vão retomar “imediatamente no primeiro dia de atividades nas escolas, que é o dia 17 de setembro”, para demonstrar “que não desistimos”.
A FNE anunciou também que vai promover no dia 12 de setembro, em Lisboa, uma reunião do secretariado nacional que definirá a orientação para o “prosseguimento das negociações e para as ações de luta que se justificarem em função dos resultados do processo negocial que até então tenham ocorrido”.
Para além daquelas ações, a FNE também equaciona convocar greve na primeira semana se outubro e uma manifestação nacional de professores se for essa a vontade manifestada pelos professores no plenário de dia 17 de setembro.
“É necessário que o Governo, de uma vez por todas, entenda que não pode continuar a adiar a solução do problema e que deve centrar-se sobre aquilo que a lei determina que tem de ser negociado, referindo-se ao prazo e o modo de recuperação de todo o tempo de serviço”, alertou aquele sindicalista.
A FNE também disse estar preocupada com a lógica dos concursos que existe e apela para que seja alterada a legislação do concurso.
“São várias as questões que existem, nomeadamente de no início do ano termos um conjunto de alunos que ainda não têm aulas, porque os seus professores ainda não estão colocados ou, no final do ano, termos alunos que ficam sem professores e para os quais não há substitutos, lembrou.
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