Numa declaração feita no Palácio da Moncloa, a poucas horas do fim do estado de alarme em Espanha devido à pandemia de covid-19, Pedro Sánchez disse que agora “começa uma nova etapa”, em que “se recuperou a rua, reconquistou a mobilidade”, e em que “a economia começa a retomar”.
“Estamos em condições de avançar, temos o dever de avançar”, acrescentou, citado pela agência espanhol Efe.
Na declaração, sem direito a perguntas por parte dos jornalistas, Sánchez insistiu que, graças ao estado de alarme, foi possível “salvar milhares e milhares de vidas” no país, com alguns estudos independentes a apontar para cerca de 450.000 em Espanha e três milhões na Europa.
O chefe de Governo espanhol fez um balanço de um período em que foi preciso “parar a vida” para conter o vírus: “Fomos atingidos com extrema dureza, mas resistimos”, sustentou.
Segundo referiu, o estado de alarme permitiu limitar movimentos, evitar novos contágios e beneficiar as comunidades e cidades autónomas, para “salvar milhares e milhares de vidas em todo o país”.
Agora, prosseguiu, Sánchez, o dever é de “avançar” sem baixar a guarda, seguindo “rigorosamente” as regras de higiene e proteção porque a sociedade continua vulnerável: “Cada um de nós pode ser muro ou uma via de contágio”, alertou.
A pandemia de covid-19 já provocou cerca de 460 mil mortos e infetou mais de 8,6 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Os Estados Unidos são o país com mais mortos (119.131) e mais casos de infeção confirmados (mais de 2,2 milhões).
Seguem-se o Brasil (48.954 mortes, mais de um milhão de casos), Reino Unido (42.461 mortos, mais de 301 mil casos), a Itália (34.561 mortos e mais de 238 mil casos), a França (29.617 mortos, quase 196 mil casos) e a Espanha (28.315 mortos, mais de 245 mil casos).
A Rússia, que contabiliza 7.992 mortos, é o terceiro país do mundo em número de infetados, depois dos EUA e do Brasil, com mais de 576 mil, seguindo-se a Índia, com mais de 395 mil casos e 12.948 mortos.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.
Comentários