No sábado, o jornal norte-americano The Wall Street Journal noticiou que a Arábia Saudita irá acolher negociações de paz para a Ucrânia entre Kiev, países ocidentais e países em desenvolvimento, como Brasil e Índia, mas sem a Rússia, em 5 e 6 de agosto.

Hoje, uma autoridade saudita, que pediu anonimato, confirmou a informação à agência Associated Press, e o chefe de gabinete presidencial da Ucrânia, Andriy Yermak, acrescentou que as negociações seriam realizadas na Arábia Saudita, embora não tenha referido a cidade de Jeddah como local.

Contudo, oficialmente, a Arábia Saudita não confirmou a existência desta cimeira.

“A Fórmula da Paz Ucraniana contém 10 pontos fundamentais, cuja implementação não apenas garantirá a paz para a Ucrânia, mas também criará mecanismos para enfrentar futuros conflitos no mundo”, disse Yermak, em comunicado.

Outros planos de paz têm sido experimentados desde o início da invasão russa da Ucrânia, em fevereiro do ano passado.

O Presidente russo, Vladimir Putin, acabou de se reunir em São Petersburgo com líderes africanos para discutir o seu próprio plano.

A China e o Papa Francisco também têm trabalhado separadamente para procurar soluções de paz que sejam acolhidos por Kiev e Moscovo.

Na cimeira da Arábia Saudita participarão países como a Ucrânia, Brasil, Índia, África do Sul, entre outros, de acordo com a fonte saudita, que pediu anonimato.

Diplomatas ocidentais citados pelo The Wall Street Journal consideram que a escolha da Arábia Saudita para acolher o encontro procura, antes de mais, favorecer a participação da China, que mantém boas relações com Moscovo e tem sido um parceiro privilegiado de Riade.