“Estou aqui há 10 anos. Quando entrei a dívida tinha sido feita pelo anterior executivo e todos os rácios estavam negativos. O que temos feito é no sentido de diminuir a dívida. Conseguimos honrar os compromissos todos os meses”, realça o autarca.
Manuel Fonseca reconhece que a dívida “é bastante elevada”, mas foi possível elaborar um plano que “permite ir pagando a longo prazo” e “satisfazer as necessidades básicas da população de Fornos de Algodres.
O autarca salienta que tem sido feita uma “gestão criteriosa” para que se possa resolver “um problema que vai levar gerações a resolver”.
Segundo o Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses, hoje apresentado, 17 municípios ultrapassaram o limite de endividamento permitido por lei em 2021.
A lista é encabeçada por Vila Real de Santo António, no distrito de Faro, cujo índice (relação da dívida total com a média da receita corrente a três anos) atingiu os 647%. Seguem-se Fornos de Algodres (454%), no distrito da Guarda, Vila Franca do Campo (397%), na ilha de São Miguel, Açores, e Cartaxo (367%), no distrito de Santarém.
Manuel Fonseca admite que há projetos que o executivo gostaria de concretizar e não pode por não ter capacidade financeira.
O município também se vê limitado a recorrer aos fundos comunitários, sendo “necessário muito cuidado para verificar se há condições para assegurar a componente nacional”.
Manuel Fonseca sustenta que quem foi e está a ser “penalizado” com a situação são os munícipes. O município está obrigado a aplicar as taxas máximas.
“Ainda agora, na Assembleia Municipal, tivemos de decidir pela maximização. São os munícipes que estão a pagar”, sublinha o autarca daquela vila do distrito da Guarda.
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