Os governos de França e da República Checa estão em contacto para discutir formas de implementar a iniciativa, disse Macron, após uma reunião com o seu homólogo checo, Petr Pavel, em Praga.
Segundo o Presidente checo, que no passado liderou o comité militar da NATO, as potências estrangeiras acumularam quase meio milhão de cartuchos de calibre 155 mm e outros 300 mil mísseis de calibre 122 mm.
O plano promovido por Praga é considerado uma resposta ao projeto estagnado da União Europeia de fornecer um milhão de munições de artilharia à Ucrânia.
A iniciativa poderá receber financiamento quer bilateralmente, quer através do Fundo Europeu para a Paz, um instrumento de financiamento da União Europeia promovido antes do início da invasão russa da Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022, para prestar apoio militar a países parceiros.
Já aderiram ao pleno checo, acordado na Conferência de Apoio à Ucrânia realizada na semana passada em Paris, países europeus como Bélgica, Dinamarca, Lituânia e Países Baixos, e outras potências internacionais, como o Canadá.
Esta proposta de fornecimento militar à Ucrânia ocorre num momento em que as Forças Armadas da Ucrânia receberam um duro golpe na cidade de Avdiivka, no leste do país, onde tiveram de se retirar por falta de material.
?Emmanuel Macron considerou hoje necessário abalar os aliados de Kiev, aos quais apelou para “não serem cobardes” face a uma Rússia “imparável”, assegurando que assume a responsabilidade pelas suas observações controversas sobre a possibilidade de enviar tropas ocidentais para a Ucrânia.
O Presidente francês disse que não precisa explicar todos os dias os limites face ao Presidente russo, Vladimir Putin, que “não tem nenhum”, alertando que, de contrário, “o espírito de derrota está à espreita” e que o momento exige “clareza” das palavras e “abalar” os aliados se necessário.
O Presidente checo, Petr Pavel, deu-lhe o seu apoio, afirmando-se “favorável à procura de novas opções, incluindo um debate sobre uma potencial presença na Ucrânia”, sem no entanto ultrapassar a “linha vermelha” do envio de “tropas de combate”.
Emmanuel Macron declarou em 26 de fevereiro, no final da conferência internacional em Paris, que o envio de soldados ocidentais para a Ucrânia não poderia “ser descartado” no futuro, mesmo que reconhecesse que não havia consenso sobre esta ideia no momento.
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