“Estes valores englobam os prejuízos quer em património municipal, quer em património da Infraestruturas de Portugal”, disse Rogério Silva, autarca de Fronteira.
O autarca recordou que a chuva destruiu várias passagens hidráulicas em estradas e pontes, entre as quais o tabuleiro e guardas da ponte histórica da Ribeira Grande.
Provocou também abatimento e aluimentos de terras, nomeadamente na Estrada Nacional (EN) 243 que liga Fronteira a Monforte, entre outros prejuízos, acrescentou.
“Basta contabilizar esta meia dúzia de situações e estamos logo a falar de 10 milhões de euros”, argumentou o presidente do Município de Fronteira.
O autarca indicou ainda que o Centro Ecoturístico da Ribeira Grande foi “arrasado completamente pelas águas, com prejuízos na zona do restaurante, parque de merendas, parque infantil e piscinas”.
“Nas Termas da Sulfúrea, em Cabeço de Vide, temos a envolvente também danificada. A coisa não está fácil”, destacou o autarca.
Já em Monforte, Gonçalo Lagem estimou hoje prejuízos “na ordem dos seis a oito milhões de euros” no seu concelho devido ao mau tempo, sem contabilizar os danos no setor agrícola, “o mais afetado”.
Contactado pela agência Lusa, o autarca explicou que, da parte do setor público, o valor dos prejuízos situa-se “entre os seis a oito milhões de euros”, valor necessário para a recuperação de estradas, muros, caminhos, entre outras obras.
“No que diz respeito aos prejuízos que tiveram os agricultores, esses valores ainda não estão calculados”, disse o presidente do município, realçando que essa deverá ser “a grande fatia” dos danos.
O concelho de Monforte “foi bastante fustigado na parte do campo, com as ribeiras a levar cercas e a arrastar estações de bombagem”, indicou, referindo também que os agricultores perderam animais e que há “barragens que colapsaram e olivais submersos”.
De acordo com o autarca, “até ao final do dia de hoje” esses valores vão ser contabilizados pelos agricultores junto da autarquia.
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