De acordo com o Laboratório de Glaciologia e Geofísica do Ambiente (LGGA), de Grenoble, que faz o inventário da situação francesa no âmbito da análise que se faz à escala europeia, o degelo aumentou “brutalmente” naquele período.
O estudo sublinha nomeadamente que a perda de superfície entre 2003 (data das últimas medições efetuadas) e 2015 foi de 02% por ano nos Alpes franceses, contra 0,7% no período anterior (1986-2003).
“O número é quase multiplicado por três”, lamentou o especialista em glaciares Antoine Rabatel, que completou a investigação em junho, com base em imagens de satélite de 2015, com uma precisão de dez metros por pixel.
“O aumento da retração do gelo é muito nítido, especialmente nas zonas baixas dos glaciares”, disse.
Os glaciares do maciço do Monte Branco, o mais alto pico da Europa (4.809 metros) são os que resistem melhor a esta erosão: registaram uma diminuição da área de cerca de 01% por ano no período 2003-2015, em comparação com os 2,25% dos glaciares dos maciços de Écrins.
Iniciado em outubro de 2016, o trabalho foi feito em colaboração com laboratórios austríacos, italianos e suíços.
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