Os homens, de 50 e 63 anos, foram detidos na quarta-feira durante uma ação de fiscalização no âmbito da “Operação Meixão”, que visa prevenir e reprimir a pesca ilegal de meixão e enguias de tamanho mínimo inferior ao permitido, explica o Comando Territorial de Setúbal da GNR, num comunicado enviado à agência Lusa.
Segundo a guarda, os 31,7 quilogramas de meixão apreendidos correspondem a cerca de 127 mil espécimes com um valor estimado de 16 mil euros e que poderiam atingir mais de 220 mil euros no mercado final, em países europeus e asiáticos.
Além do meixão, que foi devolvido ao habitat natural por ainda se encontrar vivo, a GNR também apreendeu três redes com malhagem tipo “mosquiteira”, material diverso relacionado com pesca ilegal e um veículo.
O meixão, a enguia europeia na fase larvar, é uma espécie “em perigo” e tem “sofrido grande redução no número de efetivos” devido à pesca ilegal, frisa a GNR, referindo que cada quilograma de meixão retirado do rio Sado pode conter cerca de 4.000 indivíduos, o que impede o ciclo normal de reprodução da espécie.
A ação de fiscalização foi desenvolvida por militares do Núcleo de Proteção Ambiental do Destacamento Territorial de Grândola e contou com o apoio do Posto Territorial de Alcácer do Sal da GNR e do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas.
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