“A partir de amanhã tomarei posse na Assembleia da República, sempre com o mesmo espírito de missão das outras vezes que estive no parlamento e, portanto, espero estar à altura, mais uma vez, de cumprir aquilo que são os desafios do partido em sede parlamentar”, disse à Lusa o líder da distrital de Lisboa do CDS-PP.

João Gonçalves Pereira — o nome que se segue na lista de candidatos que o CDS apresentou por Lisboa às eleições legislativas – já foi deputado e é também vereador na Câmara Municipal de Lisboa, onde continuará ao lado da líder cessante.

A data da saída, apontou, foi combinada “em perfeita harmonia com a Assunção Cristas”.

“Aliás, ela já o tinha anunciado publicamente e, portanto, é um processo natural de transição”, entende Gonçalves Pereira.

Pouco dias depois de ter anunciado que iria deixar a presidência do CDS-PP, Cristas adiantou que sairia igualmente do parlamento depois do 28.º Congresso, que hoje termina. A partir de agora, mantém-se como vereadora na Câmara de Lisboa e como docente universitária.

À Lusa, Gonçalves Pereira apontou que vai propor que os deputados centristas defendam na Assembleia da República “algumas ideias deste congresso” e das propostas apresentadas pelos órgãos de Lisboa ao congresso.

“Espero que seja um trabalho profícuo e com resultados, não só para o partido mas acima de tudo para o país”, salientou.

Agora, segue-se “uma conversa esta semana com a líder parlamentar”, Cecília Meireles, para definir que a que pastas é que o deputado se irá dedicar e que comissões integrará.

“Normalmente essas pastas transitam, normalmente é essa a prática, [mas] não quer dizer que não possa haver um ou outro ajuste”, assinalou, ressalvando que “seguramente não haverá nenhum problema”.

Apesar de conhecer alguns dos assuntos tratados por Cristas, existem outros que vê como uma oportunidade: “ela tem ali outras que têm enormes desafios, e onde eu acho que posso trazer e criar valor parlamentar às mesmas”.

Assim, João Gonçalves Pereira deverá integrar as comissões de Agricultura e Mar, Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação e, ainda, Ambiente, Energia e Ordenamento do Território, a única que “não seria uma novidade” para o autarca.

Questionado sobre o facto de os deputados terem manifestado apoio a João Almeida, cuja moção foi a segunda mais votada, o dirigente centrista mostrou-se “disponível para ajudar o candidato que saísse desta liderança”.

Apontando que “há sempre um desafio que se impõe, de relacionamento entre o grupo parlamentar e a direção” de Francisco Rodrigues dos Santos, o centrista não antevê “que possa haver particular problema”.

“As pessoas que estão no parlamento são pessoas responsáveis, no partido também e, portanto, eu penso que desde que haja canais de comunicação e de diálogo permanentes, não vejo nenhuma razão a que haja algum problema”, salientou.

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