“Espero que nos próximos dias […] haja conclusões que permitam sossegar […] a opinião pública”, disse Manuel Pizarro, em declarações aos jornalistas, no final de uma homenagem ao médico João Pedro Miller Guerra, em Vila Flor, no distrito de Bragança.
“Todas essas denúncias são acompanhadas com preocupação” e serão “avaliadas com seriedade”, garantiu, manifestando “enorme confiança na qualidade da prestação clínica da esmagadora maioria dos médicos portugueses, em geral, e em especial dos médicos e dos cirurgiões do Amadora-Sintra”.
Realçando que o Estado (Inspeção-Geral das Atividades em Saúde) e a Ordem dos Médicos estão a investigar as denúncias “em conjunto”, Manuel Pizarro prometeu “toda a brevidade” sobre o caso.
“Espero que por parte da Ordem dos Médicos haja […] uma notícia muito célere sobre o resultado dessa investigação, porque das duas uma: ou quem denuncia tem razão e isso tem de ser corrigido de imediato, ou quem denuncia não tem razão e isso também tem de ser punido de imediato”, realçou.
Na sexta-feira, o semanário Expresso noticiou que, segundo denúncias de dois cirurgiões, mais de 20 doentes operados no Hospital Fernando Fonseca, que serve a população dos concelhos da Amadora e Sintra (distrito de Lisboa), “morreram ou ficaram mutilados” alegadamente por más práticas médicas no serviço de cirurgia.
De acordo com o semanário, os casos remontam ao ano passado e foram comunicados à direção clínica do hospital no início de outubro (17 doentes) e no final de novembro (cinco situações).
A Ordem dos Médicos foi informada sobre as suspeitas por correio eletrónico. Na missiva enviada à Ordem, segundo o Expresso, os denunciantes escrevem que a “denúncia não se centra num médico em particular, mas sim numa situação sistémica”.
Na sexta-feira, a Entidade Reguladora da Saúde (ERS) anunciou a abertura de uma investigação sobre os casos denunciados.
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