Ana Paula Martins, que falava numa audição parlamentar que se prolongou por mais de seis horas, disse que o Governo foi alertado para este problema pelo bastonário da Ordem dos Médicos, Carlos Cortes.
No início do mês, o bastonário, em declarações à Lusa, chamou a atenção para a falta de instrumentos dos médicos ucranianos – sobretudo mulheres – que fugiram da guerra e procuraram refúgio em Portugal para poderem exercer a sua profissão.
“Portugal abriu os braços às médicas ucranianas refugiadas ( há um médico ou outro, mas que já cá estavam antes do início da guerra), mas depois não lhes deu os instrumentos adequados para poderem seguir a sua vida com maior normalidade”, disse na altura Carlos Cortes.
Quando os médicos ucranianos chegaram a Portugal em março de 2022, a OM mostrou-se disponível para adiar a prova de comunicação em português, facilitando a sua integração no Serviço Nacional de Saúde sob o estatuto de “médico sem autonomia” e supervisionados por um tutor, mas a proposta apresentada ao Governo, ao abrigo do estatuto equivalente a refugiado que estava a ser dado aos ucranianos, não se concretizou.
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