Segundo avança o Observador, o governo não vai aplicar as restrições à circulação entre concelhos na véspera e dia de Natal, permitindo assim as deslocações. Todavia, a medida vai ainda ser discutir no Conselho de Ministros desta sexta-feira, sendo que o anúncio oficial das medidas a considerar chega apenas no sábado.

Assim, segundo a publicação, o governo não pretende impedir que as famílias se encontrem nesta época festiva, mas vai, ao mesmo tempo, promover um ação de pedagogia junto da população, de forma a que o Natal possa ser vivido em segurança.

Na terça-feira, em entrevista ao Observador, António Costa adiantou que no sábado anunciará as medidas para o Natal “com as melhores condições possíveis”, mas avisou desde já que “a passagem do ano vai ter todas as restrições”.

“O Governo propôs ao Presidente da República, e o senhor Presidente da República aceitou que desta vez, quando anunciarmos a renovação do estado de emergência, possamos anunciar não só as medidas para a próxima quinzena como as medidas para a quinzena seguinte, ou seja, até 6, 7 de janeiro”, revelou o primeiro-ministro.

De acordo com o primeiro-ministro, “é fundamental que as pessoas possam ter uma noção antecipada do que vai ser o Natal”, sendo esta semana decisiva para a decisão sobre essas medidas, que irá anunciar no próximo sábado.

Sem anunciar quais são, o chefe do executivo deixou uma certeza: "Vamos todos fazer o esforço para podermos ter o Natal com as melhores condições possíveis, mas a passagem do ano vai ter todas as restrições. Não haverá seguramente festas e festejos".

Costa deixou claro que este "não vai poder ser um Natal normal", estando o Governo a trabalhar com os especialistas para que estes ajudem "as famílias a poder compreender bem a lógica de transmissão dos vírus e o que é necessário evitar o mais possível".

"Quanto mais o Natal for à mesa, mais perigoso é porque à mesa nós estamos sem máscara. Quanto mais pessoas estiverem à mesa mais perigoso é porque maior é o risco de contaminação", exemplificou.

Assim, a lógica do chefe do executivo é "o máximo de pedagogia e o mínimo de regras".

"O nosso objetivo coletivo devia ser que nos dias 24 e 25 as pessoas pudessem deslocar-se e se pudessem encontrar em segurança, evitando ao máximo os riscos de contágio", disse, reiterando o esforço "para encontrar uma solução" para o Natal.

No entanto, e apesar de ir anunciar já no sábado as medidas para o Natal, Costa deixou um aviso: "tudo depende de como a pandemia evolui até lá".

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