Segundo a Fectrans, a reunião vai decorrer no dia 11 de junho, pelas 11:00, no Ministério do Ambiente, com a presença do secretário de Estado Adjunto e da Mobilidade, a presidente do conselho de administração da Transtejo e da Soflusa, bem como todos os sindicatos representados nas empresas.

“A reunião é no sentido de dar abertura ao processo negocial de revisão salarial dos trabalhadores da Transtejo e da Soflusa para 2020″, acrescenta a Fectrans, numa informação divulgada no seu sítio oficial na internet.

A Transtejo assegura as ligações fluviais entre o Seixal, Montijo, Cacilhas e Trafaria/Porto Brandão e Lisboa, enquanto a Soflusa é responsável por fazer a ligação entre o Barreiro e Lisboa.

Os sindicatos dos trabalhadores da Transtejo e da Soflusa filiados na Fectrans (CGTP) anunciaram na terça-feira o pedido de uma reunião com caráter urgente ao Governo para iniciar um processo negocial relativo a todas as categorias profissionais das duas empresas.

Na passada sexta-feira, o secretário de Estado Adjunto e da Mobilidade, José Mendes, anunciou que os mestres da Soflusa desconvocaram três greves agendadas, após terem chegado a acordo com os sindicatos numa “pequena atualização daquele que é o prémio deles pelo facto de serem mestres”.

Os sindicatos representativos da Transtejo/Soflusa filiados na Fectrans, analisaram “a situação criada pelo Governo na passada sexta-feira”, que consideram poder criar “novos conflitos nas empresas”, porque existem outras categorias profissionais que também têm apresentado reivindicações nos últimos anos.

Na terça-feira, o Sindicato da Marinha Mercante, Indústrias e Energia (Sitemaq), afeto à UGT, referiu que avançou com um pré-aviso de greve na empresa Soflusa, para 12 de junho, exigindo obter “o mesmo tratamento” que a categoria dos mestres.

Alexandre Delgado, do Sitemaq, afirmou à Lusa que pretendem lutar por uma “harmonia salarial” na empresa, considerando que esta foi posta em causa com o aumento dado aos mestres, e explicou que os trabalhadores da Transtejo também ponderam avançar com greves.

O sindicalista acrescentou que a greve vai continuar depois do dia 12 de junho, véspera do feriado de Santo António em Lisboa, por tempo indeterminado, todas as terças e quintas-feiras, duas horas por turno, até que a situação seja resolvida.