“As coisas correram bastante bem. Mais uma vez, fomos capazes de interiorizar medidas relativamente simples e cumprir com o que estava estipulado”, disse Graça Freitas durante a conferência de imprensa de acompanhamento da pandemia da covid-19 em Portugal.
Para a diretora-geral, os dois dias com recolher obrigatório a partir das 13:00 decorreram como expectável e o eventual risco de a medida fazer aumentar a concentração de pessoas em espaços não se verificou.
“É apenas a adaptação a uma nova forma de estarmos nas próximas semanas. Não me parece que tenha ocorrido nenhuma situação que tenha colocado a população em risco especial”, explicou.
Questionada sobre as ações de contestação às medidas do estado de emergência devido ao impacto que têm em alguns setores da economia, designadamente da restauração e cultura, Graça Freitas sublinhou a liberdade de as pessoas se manifestarem.
“Mas gostaríamos que essa liberdade fosse exercida também com segurança”, acrescentou, comentando o incumprimento do distanciamento físico e da utilização de máscara por algumas pessoas observada durante os protestos.
Apelando ao cumprimento das regras de segurança sanitária “em qualquer momento, mesmo nas manifestações”, Graça Freitas reforçou que as medidas de prevenção primária, aquelas que dependem do comportamento individual, são as mais eficazes contra a propagação do novo coronavírus.
Além dessas, referiu também a capacidade de rastreamento e acompanhamento de contactos.
Neste âmbito, e questionada sobre a capacidade atual de realizar os inquéritos epidemiológicos no prazo recomendado de 24 horas, a diretora-geral explicou que essa capacidade acompanha a incidência da covid-19 nos vários concelhos.
“Em relação à administração regional de saúde do Norte, há concelhos que conseguem cumprir relativamente bem os prazos ideais e há outros que conseguem menos”, exemplificou, acrescentando que, ainda assim, a tendência é “para melhorar em todo o lado porque estamos a tomar medidas”.
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