Num debate no Parlamento Europeu, em Estrasburgo, sobre as negociações para a saída do Reino Unido da UE, o ex-líder do partido eurocético Ukip e um dos “rostos” da campanha pró-‘Brexit’ começou por dizer que “os cidadãos europeus ficarão chocados” por o presidente (da Comissão Europeia, Jean-Claude) Juncker, na sua única aparição na sessão parlamentar desta semana, não fazer “absolutamente nenhuma referência aos acontecimentos dramáticos que tiveram lugar dentro de um Estado-membro da UE que é alegadamente uma democracia moderna.
“Várias vezes disse que a UE era antidemocrática, mas nunca, nas minhas piores críticas, pensei que veríamos a polícia de um Estado-membro da União ferir 900 pessoas numa tentativa de as impedir de ir votar. Fosse ou não legal (o referendo), nacionalmente, certamente as pessoas deveriam ser autorizadas a expressar a sua opinião, e o que vimos foi mulheres a serem arrastadas pelo cabelo das assembleias de voto e senhoras idosas com feridas na testa. E o que recebemos do senhor Juncker? Nada”, criticou.
Considerando “verdadeiramente extraordinário que a UE feche os olhos” ao sucedido na Catalunha, Farage instou a assembleia a “imaginar o que seria se a polícia britânica tivesse feito o mesmo a alguns manifestantes nacionalistas escoceses”.
“Teriam gritado e dito que seria necessário levar o Reino Unido perante o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos. Mas sobre isto (Catalunha) nem sequer querem falar”, criticou.
“Sabendo, como eu sei, dos vossos planos (da UE) para uma polícia militarizada, uma força de gendarmeria, o que posso dizer é: Graças a Deus que vamos sair”, afirmou.
Comentários