O líder sindical marcou presença logo pela manhã junto ao Hospital de Vila Nova de Gaia, onde fez um balanço da adesão à comunicação social e explicou os motivos para a greve geral, que passa por afastar um regresso à “política de recessão”.
O sindicalista antecipou que “todos os serviços em geral [serão afetados], um pouco por todo o lado”, sendo a saúde um dos mais visado.
Arménio Carlos esclareceu, contudo, que os serviços mínimos nos hospitais estão a ser cumpridos, porque “os sindicatos CGTP asseguram estes serviços” e não “colocam em causa a vida das pessoas”.
Pediu ao Governo para “olhar de outra forma” para as reivindicações da CGTP, para que “se possam encontrar soluções”, adiantando que “não basta discutir” e que é “preciso que surjam resultados”.
“Não queremos voltar à política da recessão. Não queremos que os trabalhadores continuem a ser secundarizados. O Governo tem que ir mais longe em relação à valorização dos trabalhadores e à distribuição de rendimento. Nós não queremos guerra. Quem está a fazer greve vai descontar um dia de salário”, disse, sublinhando ainda que há trabalhadores no Hospital a receberem o salário mínimo.
Arménio Carlos afirmou que o problema “não é o dinheiro”, dando como exemplo as despesas do Estado com as parcerias publico-privadas, nomeadamente “em rodoviárias e saúde”.
“No Fundo de Resolução estão previstos 850 milhões de euros para continuar a financiar os bancos privados, depois de tudo o que se passou e num momento em que esses bancos estão a apresentar lucros, justifica-se que o lucro seja distribuído por esses acionistas e que os portugueses continuem a pagar com os seus impostos as fraudes e a má gestão da banca? Temos muitas áreas onde se pode poupar e também investir”, deu também como exemplo.
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