A adesão de diversos sindicatos ligados aos transportes públicos, como o dos motoristas de autocarros, de trabalhadores do metro e das linhas de comboios está a afetar a circulação nas grandes metrópoles.
Em São Paulo, maior cidade brasileira, os autocarros e comboios não estão a circular. Apenas uma linha do metro, que é gerida por uma empresa privada, está aberta.
Também estão a registar-se bloqueios de vias em mais de dez zonas.
Hoje de manhã, a polícia usou gás lacrimogéneo para acabar com o bloqueio de estradas que dão acesso ao Aeroporto Internacional de Congonhas.
No Rio de Janeiro, houve um protesto no Aeroporto Santos Dumont e manifestantes bloquearam o trânsito em vários pontos do Rio de Janeiro, mas os transportes públicos estão a funcionar.
A paralisação mais importante na capital ‘carioca’ aconteceu numa ponte movimentada que liga a cidade ao município vizinho de Niterói. O acesso aos carros já foi restabelecido.
Em Brasília, sede do Governo do país, não há transporte de autocarros nem de metro. O aeroporto está a funcionar, mas os administradores informaram que os voos podem ser cancelados ou atrasados.
Outras ações e paralisações estão a decorrer em Belo Horizonte, capital de Minas Gerais, Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, Curitiba, no Paraná, e Salvador, na Baía, e em quase todas as outras capitais brasileiras.
A greve geral foi convocada por importantes centrais sindicais do país sul-americano, como a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Força Sindical e a União Geral dos Trabalhadores (UGT), e também por movimentos sociais como a Frente Brasil Popular e Povo Sem Medo.
Estes grupos protestam contra mudanças do sistema laboral que foram propostas pelo Governo do Presidente do Brasil, Michel Temer, que alteram mais de 100 pontos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), norma que rege as relações laborais no país desde a década de 1940.
O projeto já foi aprovado pelos deputados da câmara baixa e seguiu para a análise dos senadores que compõe a câmara alta do país.
Os manifestantes que aderiram à greve geral também aproveitam o ato para marcar posição contra alterações no sistema de pensões, ainda em fase de discussão no Congresso do Brasil.
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