Os trabalhadores das duas empresas (com uma administração comum), que fazem as ligações fluviais entre a denominada Margem Sul (do Tejo) e Lisboa, cumprem hoje o primeiro de três dias de greve parcial, que prevê novo condicionamento do serviço de transporte ao final da tarde de hoje.
A adesão à greve registada na TTSL, durante o primeiro turno, foi de 69% – 76% na Transtejo e 56% na Soflusa -, tendo sido realizadas as carreiras de serviços mínimos, decretadas pelo Tribunal Arbitral do Conselho Económico e Social, para as ligações fluviais do Barreiro e de Cacilhas.
De acordo com a empresa, a carreira Barreiro-Terreiro do Paço, pelas 05:05, transportou 560 passageiros, enquanto a carreira Cacilhas-Cais do Sodré, das 05:20, transportou 140 passageiros.
Já a ligação fluvial Cacilhas–Cais do Sodré transportou 487 passageiros na primeira carreira, após interrupção, pelas 09:20, sendo que a carreira Barreiro–Terreiro do Paço foi retomada uma hora antes do previsto — às 10:25 — e transportou 258 passageiros.
“Toda a frota esteve parada, não houver qualquer navio a circular, a não ser os serviços mínimos. Todas as carreiras paralisaram completamente”, disse à Lusa Paulo Lopes, dirigente da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans), fazendo o balanço da manhã do primeiro de três dias de greve parcial.
Paulo Lopes acrescentou que, “na carreira da Trafaria, não vai haver navios a circular, independentemente da greve, porque o único navio que assegura a ligação [a Belém] se avariou” e só deverá estar pronto a circular na quinta-feira, último dia da greve.
O dirigente sindical reafirmou que “esta paralisação não tem nada a ver com a administração, mas sim com o Governo do Partido Socialista, que insiste nesta política de não valorizar os salários”.
Segundo a informação disponibilizada pela Transtejo/Soflusa (TTSL), e por se tratar de uma greve parcial por turnos, estão previstas as ligações do Barreiro para o Terreiro do Paço entre as 11:25 (primeiro barco) e as 17:35 (último barco) e, no período noturno, a partir das 22:00.
No sentido contrário, prevê-se a ligação entre o Terreiro do Paço e o Barreiro entre as 11:55 e as 18:00 e depois a partir das 22:30.
Entre Cacilhas e o Cais do Sodré, a transportadora prevê ligações no período entre as 09:20 e as 16:45 e depois a partir das 20:14, enquanto no sentido inverso estão previstos barcos entre as 09:32 e as 16:45 e a partir das 20:10.
Já entre o Montijo e o Cais do Sodré estão previstas as carreiras entre as 09:30 e as 16:30 e, mais tarde, no período das 20:30 às 22:30, enquanto no sentido contrário, Cais do Sodré — Montijo, estão previstas carreiras entre as 10:00 e as 16:30 e, à noite, entre as 20:10 e as 23:15.
Nas ligações entre o Seixal e o Cais do Sodré, os horários disponíveis são igualmente em dois períodos: entre as 09:15 e as 16:45 e depois entre as 20:30 e as 22:30, e no sentido inverso entre as 09:40 e 16:45 e entre as 20:15 e as 23:15.
Para as ligações Trafaria-Porto Brandão-Belém, asseguradas pelo navio que se avariou, estavam previstas partidas entre as 09:40 e as 16:00 e entre as 20:30 e 21:30, e no sentido inverso entre as 10:00 e 16:30 e entre as 21:00 e as 22:00.
Segundo a TTSL, o tribunal arbitral do Conselho Económico e Social (CES) decretou serviços mínimos apenas para as ligações fluviais do Barreiro e de Cacilhas, nos seguintes horários: do Barreiro para o Terreiro do Paço às 05:05, do Terreiro do Paço para o Barreiro às 05:30, de Cacilhas para o Cais do Sodré às 05:20 e do Cais do Sodré para Cacilhas às 05:35.
Trabalhadores das duas empresas (com uma administração comum), que fazem as ligações fluviais entre as duas margens do Tejo na região de Lisboa, estiveram em greve de três e duas horas por turno no dia 20 de maio e voltaram a paralisar em junho e julho em greve parcial.
A Transtejo assegura as ligações fluviais entre o Seixal, Montijo, Cacilhas e Trafaria/Porto Brandão, no distrito de Setúbal, e Lisboa, enquanto a Soflusa é responsável por ligar o Barreiro à capital.
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