"Não basta chegarem, é preciso serem verificados e reavaliados para ver se de facto tudo está a funcionar em pleno. Há cerca de 204 nestas condições e portanto, muito em breve, depois dessa avaliação serão entregues aos hospitais", explicou Lacerda Sales a respeito dos ventiladores no país.
Questionado sobre a falta de alguns componentes nestes aparelhos, o secretário de Estado Adjunto e da Saúde frisou que "há aqui um misto, mas alguns precisavam desse adaptador".
"Estamos em condições, até ao final do ano, de poder ter mais de 2.100 ventiladores no global", garantiu.
Quanto a dificuldades na aquisição de ventiladores, Lacerda Sales lembrou que a situação em Portugal é semelhante ao que acontece nos outros países. "Temos dificuldades como todos os países na Europa tiveram dificuldades de aquisição. O que temos feito é um esforço no sentido de as aquisições terem correspondido com um esforço na chegada o mais rapidamente possível a Portugal. O que posso dizer é que os serviços têm respondido", frisou, lembrando as "ocupações altas, na ordem de 80 a 85%" nas unidades de cuidados intensivos e a resposta do SNS "com a sua resistência e com a sua resiliência".
"Ao nível dos doentes com ventilação mecânica temos, neste momento, muitas camas — cerca de 650 camas afetas a covid", lembrou ainda.
Sobre o aumento da mortalidade e as medidas para as épocas festivas, o secretário de Estado afirmou que "garantidamente que o Conselho de Ministros ponderará perante um conjunto de medidas".
No que diz respeito à reavaliação da lista dos concelhos de risco, Lacerda Sales referiu que esta "é uma avaliação dinâmica", que "depende muito do que tem sido o apelo constante à consciência individual e à consciência coletiva".
Para o Natal, o secretário de Estado Adjunto e da Saúde lembrou que o "sucesso coletivo" depende dos comportamentos individuais. "Este Natal não é com certeza um Natal igual aos outros, mas os portugueses aderem a esta mensagem e vão perceber que para termos outros natais e outros finais de ano com as nossas famílias precisamos de nos resguardar neste Natal, seguir as indicações e os conselhos da DGS, de termos menos gente em casa, de termos espaços arejados e estarmos com máscara e devidamente distanciados", enumerou.
"O governo tem tomado as medidas certas no tempo certo e os portugueses têm percebido isso. Obviamente, se houver necessidade, em função de um enquadramento e de um contexto, de puxar o travão de mão, como o senhor primeiro-ministro o disse, o governo não hesitará", garantiu. "O governo também procurará equilibrar aquilo que é o controlo desta pandemia e aquilo que é o bem-estar dos portugueses, nomeadamente o bem-estar psicológico", acrescentou.
Analisando os dados da última semana, Lacerda Sales disse ainda que se verifica "uma curva decrescente, ainda que com uma incidência alta e com um número de óbitos alto", explicando que esta situação era a esperada pelos epidemiologistas "em função do pico na semana de 20 de novembro".
"Estou ciente de que o próximo Conselho de Ministros terá em atenção todo este enquadramento e tomará, como sempre tem feito, as medidas mais adequadas no tempo certo", reforçou.
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