Carlos Barbosa reagia assim aos números do último relatório da Autoridade Nacional para a Segurança Rodoviária sobre a sinistralidade nos 30 dias após o acidente, noticiado pelo jornal Público, indicando que houve mais 73 vítimas mortais, o número mais elevado desde 2012.
O presidente do ACP considera que o Estado não está a investir nesta área, usando o dinheiro do fundo de garantia automóvel, proveniente do seguro automóvel, para outros fins.
“Com esse dinheiro que não lhe pertence acaba por comprar radares, carros e pistolas quando devia era fazer mais campanhas de segurança rodoviária como se fazia”, disse, considerando que “o Estado está mais preocupado hoje em dia com os fogos do que com os mortos nas estradas”.
Aprovado há cerca de dois em anos pelo Governo, o Plano Estratégico Nacional de Segurança Rodoviária (PENSE 2020) tem como metas reduzir em 56% o número de vítimas mortais e em 22% os feridos graves até 2020, face aos valores de 2010, quando morreram nas estradas portuguesas 937 pessoas e 2.475 ficaram gravemente feridas.
Segundo o relatório da ANSR agora divulgado, o número de mortes nas estradas cresceu 12% em 2018 e só no ano passado morreram 675 pessoas no período até 30 dias após o acidente em que estiveram envolvidas.
Em julho deste ano, a ANSR já tinha publicado o relatório com os dados sobre as vítimas no local do acidente dando conta da morte de 508 pessoas, menos duas do que em 2017.
Comentários