De acordo com a mesma fonte, as urgências do hospital voltaram a receber, na noite de terça-feira, doentes transportados por ambulâncias do Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU), depois de no dia anterior terem sido registadas dificuldades que levaram ao encerramento das urgências para os doentes que chegaram em ambulâncias e à sua transferência para o Hospital de Santa Maria, em Lisboa.
Na sequência desta situação, o presidente do Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar (STEPH), Rui Lázaro, insistiu na necessidade de rever os fluxos de triagem dos doentes transportados pelo INEM para as urgências dos hospitais, lembrando que “muitos dos doentes que o INEM transporta não são efetivamente urgentes”.
“A elevada afluência de doentes, por si só, causa rotura nas urgências e são cada vez mais os casos em que isso vem a público. Isto traz, além do atraso na resposta a estes doentes, atrasos a outras pessoas que podem precisar dos meios de socorro por estarem efetivamente urgentes e acabam por ter uma resposta mais demorada”, explica.
Rui Lázaro adianta que o aumento da afluência às urgências já era esperado com o abrandar da pandemia, pois as pessoas “perderam o medo que tinham” de ir a estes serviços, e reconhece que, em muitos casos, é por falta de resposta nos cuidados de saúde primários.
Rui Lázaro lembra ainda que os doentes transportados pelas ambulâncias do INEM ou dos parceiros — bombeiros e Cruz Vermelha -, desde que encaminhados pelo INEM, não pagam taxas moderadoras, o que considerou “mais um incentivo para usar abusivamente o serviço de emergência ou o transporte de ambulância para uma unidade hospitalar”.
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