“Temos um impacto de 50 a 60%. Temos a parte da consulta externa que fechou na totalidade, farmácia também e o raio-x”, revelou Carlos Moniz, em declarações aos jornalistas para fazer um ponto de situação da greve.
Segundo o dirigente do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública (SINTAP), o Hospital João de Almada regista uma adesão à greve de cerca de 70% e o Hospital dos Marmeleiros “também está nos mínimos”.
Carlos Moniz indicou ainda que o centro de saúde da Nazaré, no Funchal, está encerrado, enquanto as unidades de Câmara de Lobos e da Camacha (Santa Cruz) registaram uma adesão à greve na ordem dos 60%.
“Queremos que o Governo [Regional] pare, já que tem maioria absoluta, oiça os colegas sindicais, que se sente e que chegue a um acordo. Nós queremos um aumento. Face à inflação, nós temos um aumento mínimo”, salientou.
“Atualmente, somos considerados os pobres da saúde. Assistentes técnicos e assistentes operacionais são os pobres. Temos ordenados miseráveis de 700 e tal euros”, acrescentou o dirigente sindical, pedindo um aumento de 50 euros por profissional.
A greve de hoje abrange todos os trabalhadores do setor da saúde pertencentes às carreiras de regime geral, à carreira de técnico superior de diagnóstico e terapêutica, à carreira de técnico superior de saúde e à carreira de técnico superior de farmácia, que exercem funções nos hospitais organizados sob o modelo de entidade pública empresarial e demais serviços na dependência e/ou tutela do Ministério da Saúde e do Governo Regional da Madeira.
Em causa está a “falta de respostas que contribui para que os trabalhadores do setor da saúde se sintam motivados e valorizados, em conjunto com a falta de pessoal, que é cada vez mais evidente e está a provocar grandes transtornos no funcionamento dos serviços”.
“A saúde não são só os médicos e os enfermeiros. Há um grande grupo logístico, que sem esse grupo os médicos e os enfermeiros não funcionam. Nós queremos que os assistentes técnicos sejam assistentes técnicos da saúde, que os assistentes operacionais sejam assistentes operacionais da saúde”, vincou Carlos Moniz.
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