“Não é uma tenda de campanha. É uma estrutura modelar pré-fabricada que já estava prevista para dar apoio quando começassem as obras da urgência. As obras foram adiadas por causa da pandemia, mas a estrutura está contratualizada e pode ser uma ajuda para instalar doentes não covid”, explicou à Lusa fonte do Centro Hospitalar Universitário do Porto (CHUP) que inclui o Hospital de Santo António.
A estrutura está a ser montada no jardim interior do hospital e terá capacidade para 36 camas de enfermaria.
Sem precisar data de abertura, fonte do CHUP explicou que o espaço estará preparado para ser aberto em “qualquer momento de necessidade”, frisando que tem “excelentes condições de conforto”, nomeadamente ar condicionado e casas de banho.
Em causa está um hospital em que a capacidade de internamento em cuidados intensivos para doentes covid-19 esgotou, de acordo com informações dadas pelo diretor clínico, José Barros, no sábado numa visita ao Centro Integrado de Cirurgia de Ambulatório (CICA).
José Barros disse ter para cuidados intensivos 28 camas dedicadas à covid-19 e 24 para não covid, podendo ir às 32, mas já com sacrifício de um bloco operatório de otorrinolaringologia e estomatologia.
“As camas não covid temos de manter. Nessas não tocamos”, sublinhou o diretor clínico de manhã.
Mais tarde, na conferência de imprensa no final do Conselho de Ministros extraordinário, quando fazia um balanço sobre quantas camas de cuidados intensivos existem a nível acional, o primeiro-ministro contou que contactou o Hospital do Santa António e que o “tranquilizaram bastante”.
“Mesmo com aumento do número de internados e do número de internados em cuidados intensivos, continuamos com capacidade de reserva e com capacidade de expansão dessa reserva. Eu próprio falei ainda há pouco com o presidente do conselho de administração do Hospital de Santo António porque tinha visto uma notícia a dizer que estavam a esgotar a capacidade de cuidados intensivos, e ele tranquilizou-me bastante e que o número de camas afetas à covid-19 foram reforçadas há pouco tempo e neste momento têm capacidade suficiente e capacidade de as fazer crescer”, disse António Costa.
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