“O Gabinete de Defesa do Consumidor concluiu hoje que a Ryanair praticou práticas comerciais desleais ao enganar os consumidores”, disse no Facebook a ministra da Justiça húngara, Judit Varga. A governante explicou que a tutela está a investigar a Ryanair desde 10 de junho, depois de a companhia aérea ter anunciado que iria aumentar os preços em resposta ao novo imposto.
A empresa, por sua vez, anunciou que vai recorrer desta decisão e que está disposta a levar o caso à justiça comunitária, segundo o portal económico Portfolio.hu. “A Ryanair vai recorrer desta coima injustificada levantada pelo Gabinete de Defesa do Consumidor”, disse a empresa, que referiu que ainda não recebeu a notificação oficial sobre este processo.
Em maio, o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, anunciou uma série de novos impostos sobre bancos, empresas de energia, seguradoras e companhias aéreas, entre outras, para compensar a inflação e arrecadar 4,1 mil milhões de euros até 2023.
O presidente da Ryanair, Michael O’Leary, disse que o novo imposto é um “assalto” e “idiota”, referindo mesmo que o ministro húngaro do Desenvolvimento Económico, Márton Nagy, era “um completo idiota”. A Ryanair defendeu que nem as companhias aéreas nem as famílias irão conseguir suportar este novo imposto, numa altura em que o setor do turismo húngaro está a tentar recuperar da pandemia.
A ministra disse hoje que, na atual situação económica, prejudicada pela guerra na Ucrânia, todas as multinacionais que obtenham lucros extraordinários devem contribuir para as despesas militares e para conter os preços da energia.
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