A chamada ao parlamento da ministra Maria do Rosário Palma Ramalho será votada na quinta-feira e a Iniciativa Liberal afirmou, em comunicado, que espera “que não se verifique um novo entendimento entre PS e PSD para bloquear o apuramento da verdade, não descartando, por isso, recorrer a todos os meios ao seu dispor para que todos os esclarecimentos devidos sejam prestados”.
O anúncio do pedido de audição da ministra acontece no dia em que o Governo tornou pública a exoneração com efeitos imediatos da atual administração da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), liderada pela provedora Ana Jorge, ex-ministra da Saúde socialista e ex-presidente da Cruz Vermelha Portuguesa.
“Este pedido de audição deve-se ao quadro financeiro em que a SCML se encontra, em parte devido à exposição à internacionalização dos jogos, ao conjunto de contradições que têm sido veiculadas por diferentes responsáveis, antigos e atuais, da instituição relativos a investimentos feitos pela SCML, bem como à necessidade de uma profunda reestruturação que a própria governante exigiu à provedora agora exonerada”, explicam os Liberais em comunicado.
O partido acrescenta que o pedido se soma a outros para ouvir no mesmo âmbito sete outras personalidades, entre as quais a ex-ministra da tutela Ana Mendes Godinho, a provedora exonerada Ana Jorge e o seu antecessor no cargo Edmundo Martinho.
Também o PS já disse hoje que vai requerer a audição parlamentar urgente de Ana Jorge e da ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social para explicar a decisão do Governo.
A administração da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa foi exonerada “com efeitos imediatos” pelo Governo, que justificou a decisão por a equipa “se ter revelado incapaz de enfrentar os graves problemas financeiros e operacionais da instituição”.
A SCML era atualmente dirigida pela ex-ministra da Saúde socialista Ana Jorge, que exercia funções de provedora há cerca de um ano, sendo a restante Mesa da SCML constituída por uma vice-provedora e quatro vogais.
“Infelizmente, esta decisão tornou-se inevitável por a Mesa, agora cessante, se ter revelado incapaz de enfrentar os graves problemas financeiros e operacionais da instituição, o que poderá a curto prazo comprometer a fundamental tarefa de ação social que lhe compete”, justificou o executivo em comunicado.
A notícia da exoneração da Mesa da SCML foi inicialmente avançada pela SIC, após o jornal ‘Público’ ter noticiado já hoje que o executivo tinha pedido um plano de reestruturação urgente à administração da instituição.
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