Quatro equipas de bombeiros estiveram envolvidas no combate ao incêndio, entretanto extinto, que também destruiu parcialmente a zona dos estábulos deste edifício que integra o complexo do Palácio Real de Turim (norte de Itália).

As causas do incêndio são, até ao momento, desconhecidas, indicaram as mesmas fontes, que avançaram que uma investigação foi aberta.

“Toda a área foi isolada. Por sorte, o fogo foi extinto e não houve feridos”, indicou um responsável local, Claudio Palomba, após uma visita ao local.

O edifício histórico, que está ao abandono há vários anos, já tinha sido atingido por incêndios em 2014 e 2016.

A estrutura tem sido ocupada por elementos de associações geralmente conotadas com a esquerda italiana.

A presidente da câmara de Turim, Chiara Appendino, que pertence ao Movimento Cinco Estrelas (M5S, partido antissistema e membro da atual coligação governamental no poder) elogiou a rápida intervenção dos bombeiros, que conseguiram evitar que o incêndio se propagasse e atingisse um auditório da RAI (a estação pública italiana) e os Arquivos do Estado, edifícios que ficam nas imediações das Cavalariças Reais.

“Os danos poderiam ter sido ainda maiores”, disse a autarca.

“Dói ver um edifício histórico em chamas. Será necessário estabelecer as causas, mas é óbvio que não podemos deixar as ‘Cavallerizza Reale’ (nome em italiano) neste estado”, acrescentou Chiara Appendino.

Mas para Vittoria Poggio, adjunta regional para a área da Cultura, a Câmara de Turim também tem parte da responsabilidade.

“Trata-se de um complexo arquitetónico histórico, é necessário que a câmara, que é responsável pela gestão, encontre uma utilização para o edifício, não podemos deixar este tipo de propriedade ao abandono”, afirmou Vittoria Poggio.

O complexo do Palácio Real de Turim foi declarado em 1997 património da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO).