"A iniciativa partiu da APPII com os associados, que congrega as maiores empresas do setor imobiliário portuguesas e estrangeiras. A ideia é pegar num projeto concreto e reconstruí-lo. Ficámos chocados com a desgraça que atingiu as pessoas e, no seguimento disso, decidimos por mãos à obra", explicou hoje à agência Lusa o secretário-geral da APPII, Hugo Santos Ferreira.
No espaço de uma semana, a associação mobilizou-se e encetou contactos com os autarcas de Tábua para avançar com o projeto "A Escola de Todos Nós" e com a reconstrução do infantário de Midões, totalmente destruído pelo fogo.
Hugo Santos Ferreira explica que, tendo a associação no seu seio toda a componente de obra, foi fácil mobilizar-se e constituir uma equipa, "um núcleo duro", para tratar do projeto de reconstrução do infantário, sendo que várias empresas associadas responsabilizaram-se pela coordenação, elaboração de projeto, fiscalização, entre outros.
Além das empresas terem disponibilizado os seus serviços "pro bono", vai ser criada ainda uma conta solidária, específica para o projeto da reconstrução do infantário.
"O objetivo é angariar fundos, não só dentro da associação [APPII], onde há muito associados que querem participar, mas permitir também a participação de outros que não o sejam. A conta será aberta na Câmara de Tábua, que a irá gerir exclusivamente para este projeto", frisou.
O secretário-geral da APPII adiantou ainda que na próxima reunião da Câmara de Tábua, no final de novembro, o projeto irá ser sujeito a aprovação e, depois disso, prevê-se que a obra seja terminada no espaço de seis meses, caso não haja problemas estruturais graves.
"Queremos que este projeto seja um exemplo efetivo e rápido", concluiu.
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