Segundo José Pio (PS), o orçamento municipal, que também prevê novas obras e o estímulo à economia concelhia, ronda os 8,4 milhões de euros, mais um milhão do que o de 2017.
Os problemas provocados pelos incêndios, no verão de 2017, “têm de ser resolvidos” este ano, disse o autarca socialista, dando como exemplo os prejuízos na rede viária, percursos pedestres e na avifauna.
"Temos de contar com todos os arranjos que vamos fazer e que rondarão muito perto de um milhão de euros”, afirmou.
O orçamento para este ano foi aprovado por maioria, em reunião do executivo municipal, com os votos a favor dos quatro eleitos da gestão PS e uma abstenção do vereador do PSD/CDS-PP.
Na mais recente reunião da assembleia municipal, o orçamento foi aprovado, por unanimidade, com 14 votos a favor do PS, três do PSD/CDS-PP e dois da CDU.
Além dos prejuízos causados pelos incêndios, José Pio, que está a cumprir o segundo mandato, prevê lançar este ano um conjunto de obras, como a remodelação da piscina coberta de Gavião, arranjos em artérias da vila e na área do turismo.
O município espera “remodelar e renovar” a capacidade hoteleira junto à praia fluvial do Alamal e as casas que estão situadas na retaguarda do Museu das Mantas, além da criar um novo percurso pedestre e um centro interpretativo.
De acordo com José Pio, o centro interpretativo de percursos pedestres vai nascer numa antiga escola primária na aldeia de Degracia, num investimento que rondará os 250 mil euros.
“Este orçamento é maior por causa dos problemas causados pelos incêndios, mas é com toda a certeza o ano do lançamento de muitas obras que queremos ver concretizadas com a brevidade possível”, disse.
Os apoios sociais, os incentivos à natalidade e os programas para a fixação de pessoas no concelho são outras das prioridades do município, que quer também “combater a desertificação” apostando, sobretudo, no setor do turismo.
Nesse sentido, o autarca adiantou que a zona da Quinta do Alamal vai acolher um investimento privado, que será um “grande motor” para o desenvolvimento da região.
Trata-se, segundo José Pio, de um projeto denominado “Gavião Glamping” e que poderá criar “até 15 postos de trabalho diretos”.
Em termos de impostos municipais, a Câmara de Gavião decidiu manter em 0,30% a taxa do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) para prédios urbanos e a devolução da taxa de participação do município no Imposto Sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (IRS).
Os municípios têm liberdade para fixar a taxa de IMI entre 0,30% e 0,45% para os prédios urbanos e no caso dos prédios rústicos (terrenos com fins agrícolas) a taxa aplicável é de 0,8%.
As câmaras municipais também têm direito em cada ano a uma participação até 5% no IRS relativo aos rendimentos do ano anterior das pessoas com domicílio fiscal nos respetivos concelhos.
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