“São quase 1.200 pessoas que vieram hoje num movimento de energia e boa vontade incrível para trabalhar em seis dos muitos hectares que arderam”, disse à agência Lusa Joana Pinto Balsemão, vereadora do Ambiente da Câmara Municipal de Cascais (CMC).
De acordo com a responsável, a ação teve início pelas 09:30 no Núcleo de Interpretação da Duna da Cresmina, e deverá terminar pelo 12:30.
As tarefas são múltiplas, conforme explicou Joana Pinto Balsemão: “passam por recolher resíduos queimados, podas de arbustos, plantação de espécies dunar, entre outras”.
A vereadora do ambiente da CMC adiantou, ainda, que se tratam de “várias gerações e várias nacionalidades” envolvidas na ação de hoje, e que a autarquia teve “alguma dificuldade em conter a vaga de entusiasmo de todos aqueles que quiseram participar”.
“Tivemos, inclusive, de pedir àqueles grupos que normalmente trabalham connosco, como escuteiros, algumas escolas e empresas, para deixarem a sua participação para outro dia, pois se todos comparecessem hoje podia não ser tão produtivo e as pessoas sentiriam algum desalento por pouco conseguirem fazer”, explicou.
Para já, e para que todos se sintam “agentes de mudança”, Joana Pinto Balsemão adiantou à Lusa que irá decorrer uma ação de reflorestação a cada fim de semana no concelho de Cascais e que todos estão convidados a participar.
O presidente da autarquia de Cascais, Carlos Carreiras, esteve também presente na ação.
Na terça-feira, o presidente do executivo disse anteriormente à Lusa que a reflorestação do Parque Natural de Sintra-Cascais seria feita através das espécies que estão no “banco genético vegetal do município”.
“Vamos usar o que criámos no nosso banco genético vegetal. Já serviu para sermos solidários com outros municípios do país, mas agora chegou a vez de o usarmos no próprio concelho de Cascais. O banco tem todas as espécies autóctones do parque natural”, disse na altura.
O incêndio deflagrou a 06 de outubro, na Peninha, na serra de Sintra, distrito de Lisboa, e alastrou depois ao concelho de Cascais. Foi dominado pelas 10:45 de domingo, tendo destruído 485 hectares da área pertencente ao município de Cascais.
O fogo provocou 21 feridos ligeiros, entre os quais dez operacionais e um civil que foram levados para o hospital e dez bombeiros que foram assistidos no local e regressaram ao combate ao incêndio.
Cerca de 300 pessoas foram retiradas do parque de campismo da Areia, e outras 47 foram levadas de suas casas, localizadas em toda a área do fogo, nomeadamente nas localidades de Biscaia, Almoinhas Velhas e Figueira do Guincho.
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