Os operacionais que estiveram no teatro de operações "foram incansáveis", o que permitiu dominar o incêndio no período da manhã, afirmou o segundo comandante, Abel Gomes, em conferência de imprensa em Budens, Vila do Bispo.
Contudo, advertiu, apesar do incêndio de Vilarinha estar dado como dominado, continuam a existir “pontos muito sensíveis", que "oferecem grande preocupação" aos bombeiros.
"Face às condições meteorológicas que se preveem para o dia de hoje, podemos ter uma situação a reverter-se a qualquer momento”, avisou o responsável.
“Temos a perfeita consciência que vamos ter situações de projeções criadas naturalmente por reativações que vão acontecer durante o dia”, disse Abel Gomes.
Perante este cenário, avançou, vai manter-se todo o dispositivo no “teatro de operações” porque vai haver “certamente trabalho não para as próximas horas, mas para os próximos dias”, sendo preciso acautelar que “todo o trabalho que foi feito agora não é perdido”.
Segundo Abel Gomes, a noite passada foi “muito trabalhosa”: “Tivemos uma meteorologia que quase sempre contrariou aquilo que eram as previsões. Muito mais grave em termos meteorológicos, a velocidade do vento que se fazia sentir foi sempre muito superior àquilo que eram as previsões”.
Uma situação que “dificultou a tarefa dos operacionais” e que não permitiu dominar o incêndio ainda durante o período noturno como pretendiam.
“Também associado a este fenómeno a orografia não permitiu que houvesse acessibilidade a todas os locais da frente de fogo” pelo que tiveram que ser criadas condições pelas máquinas de rastos e pelos operacionais para que fosse possível obter os resultados hoje de manhã.
Segundo dados disponibilizados na página na internet da Autoridad Nacional de Emergência e Proteção Civil, às 10:30 estavam no combate ao incêndio 461 operacionais, apoiados por 145 meios terrestres e seis meios aéreos.
[Notícia atualizada às 10:06]
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