Segundo José Pio, na aldeia do Cadafaz foi evacuada toda a localidade, "à exceção dos que nem a GNR conseguiu tirar", e foi também evacuada a Praia Fluvial do Alamal, junto ao rio Tejo.
O fogo, explicou o autarca, surgiu na outra margem do rio Tejo, junto a Cadafaz, numa situação que "dá a sensação clara de que foi fogo posto, porque, senão, a projeção teria quilómetros".
"Do sítio onde o incêndio estava para onde saltou e veio pegar é mais de um quilómetro. Não acredito, neste caso, em projeções. Acredito que haja dispositivos colocados em sítios estratégicos", frisou o presidente da Câmara de Gavião, sublinhando que as autoridades foram apanhadas de surpresa.
"Não havia operacionais deste lado do Tejo", constatou José Pio, considerando que, naquela zona, seriam necessários "todos os meios possíveis".
A praia fluvial do Alamal estava na altura “cheia de gente”, tendo as pessoas sido aconselhadas a ir para o centro da vila de Gavião.
Segundo o autarca, as chamas lavram "com muita intensidade, a uma velocidade enorme e em direção à sede de concelho".
Durante a tarde já tinham sido retiradas cerca de 150 pessoas das aldeias de Torre Cimeira e Torre Fundeira e encaminhadas para as instalações do lar de idosos de Belver e para a Santa Casa da Misericórdia de Gavião.
Segundo a página na Internet da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), o combate às chamas mobilizava, às 18:15, um total de 371 operacionais, apoiados por 120 viaturas e sete meios aéreos.
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