1. Indonésios cobrem os pés com cimento em protesto contra extrações em terras agrícolas

Um pouco por toda a Indonésia, a terceira maior democracia do mundo, as comunidades estão em confronto direto com empresas de extração (de madeira, minas, entre outros) numa tentativa de voltar a ganhar o controlo dos terrenos agrícolas. Muitos dos protestos são liderados por mulheres que antes levavam uma vida simples e que agora enfrentam intimidações regulares e ameaças de violência e prisão enquanto lutam para proteger a cultura e a terra.

Este mês o governo irá assinar um novo pacote de leis que parece consolidar o poder dos oligarcas e das empresas privadas que têm sido responsabilizadas por danificar o meio ambiente do país, incluindo as suas vastas florestas tropicais. Algumas das maiores preocupações devem-se ao facto de a nova legislação permitir ao Governo criminalizar agricultores e ativistas que lutam contra estas empresas.

Para ler na íntegra em Mongabay

Greve Climática Global
Jovens durante a manifestação integrada na Greve Climática Global, convocada por mais de 40 coletivos e sindicatos, com manifestações em mais de 25 cidades portuguesas para assinalar a urgência da ação climática, em Coimbra, 27 de setembro de 2019. PAULO NOVAIS/LUSA créditos: Lusa

2. COP26: Frustrados com o adiamento, jovens ativistas criam um COP virtual

A Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a reunião que acontece depois da cúpula de 2015 que produziu o histórico Acordo de Paris, foi adiada para 2021. Por isso, jovens ativistas decidiram tomar as rédeas da situação e criar um evento totalmente virtual onde a intenção é “mostrar ao mundo o que aconteceria se os jovens tomassem as decisões” sobre a crise climáticas e as suas soluções, como pode ser lido no site do evento. 

“Sabemos que há uma pandemia, mas se nós, um grupo de pessoas com menos de 30 anos, conseguimos fazer isto online sem problemas, eles também poderiam. Se quisessem, teriam feito algo”, disse Iovino, um dos 350 delegados de 141 países presentes no evento. “Não podemos simplesmente continuar a dar-nos tempo que não temos”. 

A conferência começou nesta quinta-feira, dia 19 e dura até ao dia 1 de dezembro. Durante estas semanas, haverá discursos e painéis de discussão sobre temas como a educação climática e a justiça climática, e culminará com a votação dos delegados numa declaração final para os líderes mundiais, cujo objetivo é aumentar as ambições para a Cop26 quando acontecer em 2021.

Para ler na íntegra em The Guardian

Furacão Irma
créditos: MAYNOR VALENZUELA / GETTY IMAGES

3. Furacão Iota atinge a Nicarágua como uma tempestade “extremamente perigosa” de categoria 4

Esta segunda-feira, o furacão Iota atingiu Nicarágua, ameaçando a mesma parte da América Central que o furacão Eta destruiu há menos de duas semanas. Iota é a trigésima tempestade com nome nesta grande temporada de furacões no Atlântico, a tempestade mais forte do ano, e a nona tempestade neste ano a intensificar-se rapidamente, um fenómeno que está a ocorrer cada vez mais com maior regularidade, devido principalmente às mudanças climáticas.

A tempestade atingiu ventos máximos de 185 km/h, apenas a 3 km/h para passar a ser considerado um Categoria 5 - a classificação mais poderosa que um furacão pode ter. 

Para ver na CBS News

Presidents from the Northern Triangle of Central America meet with US and Mexican representatives in Guatemala
créditos: Lusa

4. “Nós ajudámos Biden a vencer, agora é hora de ele cumprir com o que prometeu”

O Movimento Sunrise, liderado por jovens, afirma ter feito com que 3,5 milhões de eleitores em estados indecisos antes da eleição presidencial votassem em Biden. Agora, querem responsabilizar o presidente eleito e fazer com que cumpra com as promessas de campanha, mesmo perante possíveis obstáculos impostos pelo partido Republicano, que tem a maioria de lugares no Senado.

“Teremos que ver se [Biden] é fiel à sua palavra... mas tenham a certeza de que o movimento estará lá para relembrá-lo a cada momento do caminho”, disse o cofundador do grupo, Varshini Prakash.

Para ler na íntegra em The Guardian

Por cá: Coopérnico financia projeto de energia solar em 5 minutos

A Coopérnico - Cooperativa de Energias Renováveis - conseguiu arranjar o investimento necessário no valor de 22 mil euros para uma nova central fotovoltaica em menos de 5 minutos, numa demonstração do crescente interesse por projetos de cariz sustentável. O financiamento veio diretamente dos membros da cooperativa - mais especificamente 12 dos 1867 membros totais. 

A ideia de criar a que será a segunda central fotovoltaica em modelo de autoconsumo da empresa e foi pensada a partir da cooperação com a Associação de Solidariedade Social "O Pontão", em Tavira, que necessitava de uns painéis nas instalações que servissem os seus utentes: o centro de dia e a creche. Trata-se de uma central fotovoltaica de 20,0 kW que irá produzir 38 874 kWh por ano, o equivalente ao consumo de 14 famílias, e que vai evitar a emissão de cerca de 25 toneladas de dióxido de carbono por ano. Assim, vai de acordo com o objetivo da empresa: promover o consumo de energia sustentável e a produção descentralizada de energia, contribuindo para a menor necessidade de utilização de redes elétricas e, portanto, menos desperdício de energia no transporte. 

Neste momento, a Coopérnico tem 1,75M€ investidos em produção de energia renovável e 1 971kW de potência instalada em 28 centrais fotovoltaicas espalhadas por todo o país.

Edição e seleção por Larissa Silva