A Câmara de Peso da Régua, em comunicado divulgado no fim de semana, referiu que, há um ano, tem vindo a alertar a IP para o “estado de degradação da ponte rodoviária, nomeadamente nas zonas de tabuleiro e pilares de vedação, considerando que as mesmas poderão pôr em causa, tanto a circulação pedonal como a circulação automóvel”.
Na semana passada, começaram também a circular nas redes sociais fotografias da ponte inserida na Estrada Nacional 2 (EN2), sobre o rio Douro, revelando alguns danos na estrutura.
Contactada hoje pela agência Lusa, a IP disse ter “conhecimento desta situação” e que “tem vindo a acompanhar a sua evolução”.
Explicou que “os danos existentes são superficiais e resultam, na sua maioria, de embates por parte de veículos pesados”.
“Da monitorização que tem sido feita confirma-se que não foram identificados danos estruturais, sendo por isso segura a utilização da ponte e razão pela qual não foram implementados condicionamentos de tráfego”, frisou.
Não obstante, a IP garantiu que irá “promover a reparação dos danos existentes”.
Segundo a empresa, está programada a realização de trabalhos até final do mês, nomeadamente a reparação de superfícies de betão e na área de influência das juntas de dilatação e passeios.
No comunicado, a Câmara da Régua disse que “a situação de perigo se poderá agravar pelo facto de se tratar de uma via de circulação estreita e ocorrerem frequentemente galgamentos dos passeios por parte de viaturas”.
O município referiu ainda ter apresentado uma proposta à IP “para a eliminação dos passeios e aproveitamento desse espaço para o alargamento da faixa de rodagem”.
A autarquia liderada por José Manuel Gonçalves defendeu tratar-se de uma intervenção de “extrema importância, uma vez que esta via mantém imenso tráfego, onde se inclui uma elevada circulação de veículos pesados, o que causa, sistematicamente, constrangimentos de trânsito em todas as vias envolventes, afetando, por consequência, a cidade”.
A Câmara de Peso da Régua frisou que vai continuar a “estar atenta e a acompanhar muito de perto a forma como este processo será tratado pela Infraestruturas de Portugal, por forma a poder acautelar a segurança de todos os que utilizam esta via”.
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