"As empresas mais afetadas foram as grandes empresas de manufatura, com mais de 110 pessoas, que precisam de matéria-prima e de exportar e precisam destas estradas [ex-scut – vias sem custo para o utilizador]. Foram as mais afetadas. Quanto ao emprego, a realidade é a mesma. Foram perdidos mais empregos em empresas industriais e maiores", afirmou João Pereira dos Santos.
Este investigador falava hoje na Covilhã, no Fórum Público pela Reposição das scut - Sem Custos para o Utilizador, na A23 e na A25, onde apresentou um estudo sobre o impacto das portagens no empreendedorismo privado e na sinistralidade rodoviária.
Já em relação à sinistralidade, adiantou que o número total de acidentes em cada município afetado pela introdução de portagens aumentou 04% comparativamente aos municípios sem portagens.
O investigador disse ainda que se começou a interessar por este assunto após o anúncio da redução na cobrança das portagens de 15% e questionou-se: "Porquê 15% e não 10 ou 20%? Onde está o custo-benefício?".
"Esses estudos não foram feitos. Foi uma decisão política feita de uma forma muito à pressa, sem ponderar os custos", frisou.
Adiantou ainda que desde o início da introdução das portagens nas ex-scut os custos são "altíssimos" e não fazem qualquer sentido.
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