A jovem "quebrou as regras, o seu comportamento não se baseava na sharia [lei islâmica], foi imoral e contrário aos costumes", declarou Simaei, à margem de uma reunião governamental.

A estudante não foi expulsa da universidade, acrescentou o ministro.

Um vídeo da jovem em que é vista com roupas íntimas em frente à Universidade Azad, em Teerão, tornou-se viral nas redes sociais. A comunicação social local divulgou as imagens, mas desfocou identidade da jovem.

"Aqueles que compartilharam estas imagens propagaram a prostituição", criticou Hosein Simaei, avaliando que este gesto não é justificado "nem a nível moral, nem religioso".

"As motivações e razões para o ato desta estudante estão a ser investigadas", disse o responsável de relações públicas da Universidade Azad, Amir Mahjub, no sábado.

"A segurança da universidade interveio e entregou-a à polícia", escreveu na rede social X, bloqueada no Irão, afirmando que a estudante estava "sob forte pressão" e sofria de "problemas mentais".

A porta-voz do governo iraniano, Fatemeh Mohajerani, negou nesta quarta-feira relatos de que a estudante foi detida brutalmente.

A organização Anistia Internacional, sediada no exterior, afirma que a iraniana "tirou a roupa para protestar contra a aplicação abusiva da obrigatoriedade do uso do véu pelos agentes de segurança" na universidade.

A lei islâmica no Irã impõe um código de vestimenta rigoroso às mulheres, forçando-as a usar véus e roupas largas que escondam as suas silhuetas.