Num comunicado conjunto – emitido após a visita ao Paquistão do presidente iraniano, Ebrahim Raisi, que hoje se deslocou ao Sri Lanka, etapa seguinte da sua viagem – ambos os governos pediram ao Conselho de Segurança das Nações Unidas para “que impeça o regime israelita do seu aventureirismo na região e os seus atos ilegais, atacando os seus vizinhos e visando instalações diplomáticas estrangeiras”.

De acordo com o Ministério dos Negócios Estrangeiros do Paquistão, ambos os países “expressaram a sua condenação firme e inequívoca pela contínua agressão e atrocidades do regime israelita contra o povo palestiniano, juntamente com o bloqueio desumano de Gaza, que resultou em mortes generalizadas e destruição, bem como a deslocação de milhões de palestinianos”.

Defenderam a necessidade de um “cessar-fogo imediato e incondicional, do acesso humanitário sem entraves ao povo sitiado de Gaza, do regresso dos palestinianos deslocados, bem como de garantir a responsabilização pelos crimes cometidos pelo regime israelita”.

A declaração conjunta é o resultado da visita de três dias de Raisi ao Paquistão, numa tentativa de melhorar as relações diplomáticas entre os dois países vizinhos após os ataques militares que trocaram em janeiro passado.

A visita ocorreu num momento de alta tensão no Médio Oriente, depois de o Irão ter lançado um ataque massivo com mais de 300 ‘drones’ e mísseis contra o território israelita, no fim de semana passado, em retaliação ao atentado bombista, atribuído a Israel, ao consulado iraniano em Damasco, no dia 01 de abril.

No comunicado hoje emitido, este ataque é rotulado como uma “violação inaceitável” do direito internacional e da Carta das Nações Unidas, sendo ilegal à luz da Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas, de 1961.