Pouco depois, o Hezbollah anunciou a morte de um dos seus milicianos, embora não tenha especificado o local nem as circunstâncias, como é habitual nos seus comunicados. Trata-se de Ali Khalil Hamad “Abu Tarab”, de 36 anos, refere a Efe.

“Hoje foram detetados vários mísseis que atravessaram o território libanês e que aterraram em zonas abertas na região de Misgav (norte de Israel)”, adianta o comunicado militar israelita sobre o ataque ao seu território, que não provocou vítimas.

Israel e Líbano iniciaram o dia de hoje com um tiroteio, que se seguiu ao deste sábado, quando os milicianos xiitas lançaram 11 ataques contra o país hebreu, tornando o dia num dos mais intensos desde o início da escalada de violência na fronteira.

Dois civis libaneses morreram em bombardeamentos israelitas na cidade de Aitaroun, na tarde de sábado, intensificando a ofensiva das milícias pró-iranianas, que lançaram drones de assalto e foguetes “Katyusha” contra posições militares a norte de Israel.

Os mortos são o comerciante Ali Khalil Hamad, de 37 anos, e um jovem chamado Mustafa Issa, segundo a agência noticiosa palestiniana Wafa, que refere que o bombardeamento danificou a loja da vítima, uma bomba de gasolina, empresas e casas vizinhas.

O Hezbollah anunciou também no sábado que mais dois dos seus milicianos tinham sido mortos, sem acrescentar mais informações.

A fronteira entre Israel e Líbano está a viver o seu pico de tensão mais elevado desde 2006, com uma intensa troca de tiros desde outubro, que já custou a vida a mais de 480 pessoas, sobretudo do lado libanês e nas fileiras do Hezbollah, que confirmou mais de 300 milicianos mortos, alguns deles na Síria, bem como cerca de 90 civis.

Em Israel, 25 pessoas foram mortas no norte, dez das quais civis.

As hostilidades ao longo da divisão começaram em 08 de outubro, um dia depois do início da guerra na Faixa de Gaza, em solidariedade do Hezbollah com as milícias islamitas palestinianas no enclave, embora o fogo cruzado se tenha intensificado muito nas últimas semanas, fazendo temer uma guerra aberta entre as partes.