Os dois líderes encontraram-se hoje à margem da Assembleia Geral das Nações Unidas em Nova Iorque, nos Estados Unidos da América (EUA). Enquanto os jornalistas saíam da sala no início da reunião bilateral, Johnson disse: “Obrigado a todos, tomem as vacinas da AstraZeneca”.
Johnson disse então a Bolsonaro: “Já tomei duas vezes”, referindo-se à vacina da AstraZeneca, desenvolvida na Universidade de Oxford.
Já o chefe de Estado brasileiro apontou para si próprio e disse “ainda não”, rindo-se.
Num comunicado após a reunião, o escritório de Johnson disse que o primeiro-ministro “sublinhou a importância das vacinas como a melhor ferramenta para combater o vírus e salvar vidas em todo o mundo, e enfatizou o papel importante que a vacina Oxford-AstraZeneca desempenhou no Reino Unido, Brasil e outros lugares”.
A presença de Bolsonaro na Assembleia em Nova Iorque, onde a vacinação foi anunciada como obrigatória, estava a ser questionada devido à sua relutância em tomar a vacina contra a covid-19.
Contudo, mesmo sem imunizante, o chefe de Estado brasileiro viajou para Nova Iorque no domingo, onde foi fotografado a comer na rua, situação que os ‘media’ brasileiros associam à recusa em se vacinar contra a doença.
Jair Bolsonaro afirmou que não tomou qualquer vacina contra a covid-19 e, portanto, não tem o certificado de vacinação necessário para entrar em restaurantes e outros locais públicos da cidade de Nova Iorque, que exigem o respetivo comprovativo. Para justificar o jantar na rua, os membros da comitiva brasileira publicaram fotografias nas redes sociais.
“Jantar de luxo em Nova York”, brincou na plataforma Twitter o ministro da Secretaria da Presidência da República, Luiz Eduardo Ramos, numa mensagem publicada na noite de domingo e ilustrada com uma foto de Bolsonaro a "degustar" uma fatia de pizza com vários elementos da sua delegação.
“Hoje é pizza-coca”, acrescentou no Instagram o ministro do Turismo do Brasil, Gilson Machado.
Como manda a tradição, o Presidente brasileiro deve fazer o primeiro discurso na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) na terça-feira, mas a sua participação chegou a ser questionada.
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