O atentado suicida, entretanto reivindicado por um grupo islâmico, ocorreu na quinta-feira, quando uma carrinha carregada de explosivos rebentou perto de uma coluna de veículos transportando cerca de 2.500 membros da Central Reserve Police Force (CRPF), uma força paramilitar.
“Depois do ataque, multidões em várias partes da Índia começaram a atacar estudantes de Caxemira. Muitos viram-se obrigados a fugir das suas residências”, afirmou à agência EFE o presidente da Organização de Estudantes de Jammu e Caxemira, Khwaja Itrat.
Segundo descreveu, a situação é “crítica” para dezenas de estudantes na cidade de Dehradun, no estado de Uttarakhand, que foram forçados a refugiar-se num edifício para se protegerem de um grupo de manifestantes.
“Estão fechados numa habitação há mais de um dia e estão sem comida”, lamentou.
Desde o atentado, o mais grave em três décadas de conflito na Caxemira indiana, a organização de estudantes acolheu em apartamentos e em templos religiosos mais de 300 estudantes de diferentes cidades.
“Esperamos centenas mais”, disse Khwaja Itrat.
Após o atentado, centenas de membros das forças governamentais cercaram 15 aldeias vizinhas e começaram a fazer buscas casa a casa, segundo um responsável da polícia e testemunhas.
A região de Caxemira é reivindicada tanto pela Índia como pelo Paquistão desde o fim da colonização britânica, em 1947. O total das forças indianas na parte controlada por Nova Deli é estimado em cerca de 500.000 efetivos.
Uma rebelião separatista mortífera desestabiliza a Caxemira indiana desde 1989. A Índia acusa o Paquistão de apoiar de forma dissimulada as infiltrações na sua parte do território e a própria revolta armada, o que Islamabad sempre negou.
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