Cerca de 30 a 40 jovens, com máscaras e distanciados entre si, concentraram-se hoje no Jardim Botânico e seguiram até à Praça 8 de Maio, gritando palavras de ordem como “Não há planeta B” e “Mudem o sistema, não mudem o clima”.

Nos cartazes e tarjas que envergavam, podia-se ler “O Capitalismo não é verde”, “Portugal sem furos” ou “Não à mina, Sim à vida”.

“A situação da covid-19 é um facto, mas as alterações climáticas são uma agenda de todos nós. É extremamente urgente falar desta causa, com ou sem covid-19, porque está presente no nosso dia-a-dia e estará presente nas nossas vidas futuras”, afirmou à agência Lusa um dos organizadores da ação de Coimbra Cláudio Estrela.

Para o jovem estudante na Universidade de Coimbra, é “extremamente essencial” o regresso às manifestações, por forma a mostrar que os jovens “voltaram à rua”.

“A urgência deste assunto é muito grande. Não nos podemos esquecer das alterações climáticas, mesmo com esta situação de pandemia”, vincou, considerando que as diferentes manifestações que ocorreram um pouco por todo o país também servem para garantir que as alterações climáticas não saiam da agenda do Governo.

Cláudio Estrela vincou que este tema “tem que ser uma prioridade para os governantes, em tempo de pandemia ou não”.

Criadas inicialmente pela jovem ativista sueca Greta Thunberg, que iniciou sozinha uma greve às aulas às sextas-feiras exigindo medidas para combater as alterações climáticas, este tipo de ações, as chamadas greves climáticas estudantis, acontecem no mundo inteiro e em Portugal também já se fizeram várias greves climáticas, sendo que hoje pela primeira vez a iniciativa não se chama greve, mas “mobilização climática”.

Na base da ação de hoje está o mesmo apelo, do movimento “Friday´s for Future” criado por Greta Thunberg, que em Portugal teve eco no movimento Salvar o Clima, uma plataforma que junta várias organizações que organizam as ações.