Os documentos, divulgados na quarta-feira, fazem parte de uma ação judicial por difamação, movida em 2015 por Virginia Giuffre, uma das principais denunciantes de Epstein, contra a amante e parceira de negócios de Epstein, a britânica Ghislaine Maxwell, e têm atraído a atenção mundial pelo alegado envolvimento de figuras proeminentes.
Muitos dos nomes já são conhecidos, tendo sido identificados durante o julgamento de Maxwell em 2021, condenada a 20 anos de prisão por ter ajudado Epstein a abusar sexualmente de menores, ou porque deram entrevistas ou foram objeto de denúncias.
De acordo com a cadeia televisiva norte-americana CNN, estes documentos podem tornar públicos até 200 nomes, incluindo acusadores de Epstein, entre empresários e políticos.
A menção de um nome nos documentos não implica qualquer tipo de culpa, uma vez que existem desde e-mails a declarações de vítimas e testemunhas. A identidade de menores de idade ou de quem não prestou declarações públicas vai permanecer oculta.
A primeira leva de documentos tem cerca de mil páginas no total, referiu a agência de notícias EFE.
A agência escreveu ainda que a lista final inclui o nome do príncipe André, de Inglaterra, que Giuffre processou por abuso sexual e com quem chegou a um acordo extrajudicial, e também do antigo Presidente norte-americano Bill Clinton (1993-2001), identificado pela ABC News como “John Doe 36”, que Giuffre tentou, sem sucesso, intimar a depor.
Clinton, que não foi acusado, consta nas listas de passageiros dos voos de Epstein para diferentes países, mas a possível presença numa das ilhas do milionário não é clara, e foi negada pelo antigo Presidente norte-americano.
Epstein foi detido em julho de 2019, acusado de abusar sexualmente e traficar dezenas de raparigas no início dos anos 2000.
O multimilionário suicidou-se na cela da prisão, em Nova Iorque, em agosto de 2019.
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