“O único sítio até à data onde foi detetada ‘legionella’ com o mesmo genoma da que foi encontrada com os doentes foi na torre”, afirmou hoje Graça Freitas na comissão parlamentar de saúde, onde está a ser ouvida sobre o surto de ‘legionella’ no Hospital São Francisco Xavier, em Lisboa, que infetou 56 pessoas, sendo que cinco delas acabaram por morrer.
Graça Freitas sublinhou assim que a origem da infeção foi a torre de refrigeração da unidade de saúde, apesar de admitir que ainda há análises a decorrer.
A diretora-geral da Saúde explicou que a torre de refrigeração e os dois condensadores do hospital se tornaram, de imediato, a fonte suspeita do surto, após o inquérito epidemiológico que mostrava que a única ligação entre os doentes era o hospital e que nem todos tinham estado no mesmo serviço.
Assim, foram colhidas amostras da torre de refrigeração e dos dois condensadores, além de terem também sido inspecionados os sistemas de água dos sanitários e dos duches.
Das análises efetuadas, concluiu-se que o genoma da ‘legionella’ detetada na torre de refrigeração era o mesmo da detetada nos doentes.
Sobre a causa em concreto do surto, Graça Freitas refere que “obviamente terá havido uma falha”, mas sublinha que o tipo de falha terá de ser investigado pelo Ministério Público.
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